São Paulo — O paulistano perde duas horas e 47 minutos diariamente em deslocamento por ônibus, trem e metrô na cidade de São Paulo, o que representa um aumento de 10 minutos em relação ao ano passado. Se considerado o trânsito diário geral, adicionando carro e bicicleta como formas de transporte, são duas horas e 25 minutos – um minuto a menos em relação a 2023.
Os dados são da pesquisa Viver em São Paulo, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec, divulgada nesta quinta-feira (19/9). Ao todo, 800 moradores do município com 16 anos ou mais foram entrevistados entre 8 e 28 de agosto deste ano.
Ainda em relação à 2023, o tempo médio de deslocamento diário total na cidade cresceu significativamente nas regiões sul (+22 minutos), oeste (+14 minutos) e no centro (+13 minutos), e recuou nas zonas leste (-21 minutos) e norte (-15 minutos).
Confira o tempo de deslocamento diário total por região:
- Sul: 2 horas e 46 minutos
- Centro: 2 horas e 23 minutos
- Oeste: 2 horas e 21 minutos
- Leste: 2 horas e 15 minutos
- Norte: 2 horas e 11 minutos
- Média: 2 horas e 25 minutos
Para quem só usa carro, o tempo médio de deslocamento diário total diminuiu 18 minutos em relação a 2023, totalizando duas horas e 28 minutos de trânsito.
Para a pesquisa, o tempo médio considera o deslocamento de ida e volta para a realização de todas as atividades diárias.
Já ao levar em consideração apenas o deslocamento para a atividade principal dos moradores, como trabalho ou estudo, os paulistanos levam 1 hora e 38 minutos, um recuo de 15 minutos. De transporte coletivo, a média salta para 1 hora e 59 minutos, uma diferença de 21 minutos.
Transporte público
O estudo constatou que a parcela de pessoas que declara utilizar o transporte coletivo com maior frequência em seus deslocamentos vem aumentando desde o período pós-pandemia. Em 2021, por exemplo, 45% das pessoas usavam transporte público coletivo, número que passou a ser 61% em 2024.
Perfil do grupo de pessoas
Entre os que mais usam transporte coletivo, destacam-se:
- Classe D e E (91%)
- Não possuem carro particular (81%)
- Renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (74%)
Entre os que mais usam transporte individual, o perfil é:
- Possuem carro particular (57%)
- Renda familiar mensal maior que 5 salários mínimos (54%)
- Classe A e B (51%)
- Ensino Superior (47%)
O ônibus municipal segue sendo o meio de transporte mais utilizado pela população (38%), seguido pelo carro (23%) e pelo metrô (12%).
O tempo médio de espera pelos ônibus nos pontos e terminais é de 24 minutos – em 2023, era de 21. Em 2024, cresceu o percentual de pessoas que esperam de 15 a 30 minutos (33%) e de 30 a 45 minutos (10%).
Segundo percepção da população, frequência (27%), lotação (24%) e pontualidade (16%) são os principais problemas dos ônibus da capital.
As principais razões para que usuários recorram ao transporte coletivo são, mais uma vez, a impossibilidade do uso do carro (31%), a diminuição do tempo de espera (30%) e a existência de mais linhas que cubram percursos que não existem atualmente (27%).
Fonte: Oficial
