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Gol registra prejuízo de R$ 830 milhões no 3º trimestre

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Gol registra prejuízo de R$ 830 milhões no 3º trimestre

A Gol teve um prejuízo líquido de R$ 830 milhões no terceiro trimestre de 2024, de acordo com o balanço trimestral da empresa, publicado nesta quarta-feira, 13. Apesar do número negativo, ele representa uma melhora em relação ao resultado do terceiro trimestre de 2023, quando o prejuízo foi de R$ 1,3 bilhão.

O Ebitda recorrente, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 1,2 bilhão no trimestre, uma redução de 4,6% em comparação ao penúltimo trimestre de 2023. A margem Ebitda caiu para 24%, uma diminuição de 2,8 pontos porcentuais em relação ao ano anterior.

Houve um aumento de 6,3% na receita líquida total da companhia em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, a receita na relação assento-quilômetro (Rask) apresentou uma leve queda de 0,3%, enquanto a receita unitária de passageiros (Yield) caiu 1%, influenciadas pelo aumento de 10% na etapa média de voos.

O relatório destaca que “esse desempenho reflete condições de mercado com uma tarifa média insuficiente para fazer frente à desvalorização cambial observada no período (superior a 13%)”. A Gol fechou o trimestre com um caixa total de R$ 1,9 bilhão. Ao incluir contas a receber, esse valor alcança R$ 5,3 bilhões, representando 28,3% da receita acumulada nos últimos 12 meses.

Endividamento da Gol e recuperação judicial

A dívida líquida da Gol atingiu R$ 27,6 bilhões no período, um aumento anual de 43,4%. A relação entre dívida líquida ajustada e Ebitda subiu de 4,2 vezes para 5,5 vezes, evidenciando o impacto no endividamento da companhia.

A previsão da Gol é concluir o processo de recuperação judicial até abril de 2025 | Foto: Reprodução/@voegol

No início de 2024, a Gol solicitou proteção judicial através do processo de Chapter 11 no Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, equivalente ao pedido de recuperação judicial no Brasil. Esse processo visa à captação de recursos e à reestruturação financeira, permitindo a continuidade das operações.

A reestruturação das dívidas inclui um financiamento de US$ 950 milhões na modalidade “debtor in possession“. A previsão da empresa é concluir o processo de recuperação judicial até abril de 2025, garantindo a estabilização financeira e operacional.

Fonte: Oficial