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Hezbollah faz governo Tarcísio cancelar comitiva de PMs a Israel

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Imagem colorida mostra braços de policiais militares (PM) do governo de São Paulo - Metrópoles

São Paulo — O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) cancelou uma comitiva de policiais militares (PMs) que viajaria para Israel no próximo dia 9 de agosto para conhecer o sistema israelense de alerta contra ataques aéreos. O objetivo seria avaliar a possibilidade de instalar uma tecnologia semelhante no estado, para auxiliar na prevenção a desastres naturais.

O chefe da Casa Militar, coronel Henguel Ricardo Pereira, responsável pela comitiva, disse ao Metrópoles que os planos foram alterados devido a ataques do Hezbollah, que ocorreram após a morte de lideranças do grupo terrorista libanês e do Hamas, da Palestina.

“A documentação com a autorização para a viagem já tinha tramitado, estava tudo certo. Mas ontem à noite (6/8) eu falei para o chefe da Casa Civil: ‘A gente não vai’. Agora não é o momento, não tem segurança. A gente está preparando um documento desautorizando a viagem”, afirmou o coronel. “Vamos fazer essa viagem em um tempo de paz”.

O chefe da Casa Militar disse que a viagem começou a ser estudada no ano passado, ainda antes do início da guerra entre Israel e o Hamas. Os ataques terroristas do grupo palestino, em outubro do ano passado, adiaram os planos.

Segundo o coronel, diante de uma suposta mudança recente no cenário da guerra, as autoridades israelenses passaram a cobrar que a viagem acontecesse. No entanto, os últimos ataques do Hezbollah mudaram os planos mais uma vez.

Apesar do aviso sobre a alteração, a publicação do Diário Oficial dessa quarta-feira (7/8) incluía a informação de que um major e uma tenente da Casa Militar seriam afastados de suas funções para realizar a viagem, entre os dias 9 e 18 de agosto.

Hezbollah

Nessa terça-feira (6/8), o grupo terrorista libanês Hezbollah realizou um novo ataque aéreo com drones e foguetes contra o território de Israel. O governo israelense afirma que civis ao sul da cidade de Nahariya ficaram feridos na ação. Vários mísseis foram interceptados.

No mesmo dia, no norte de Israel, o sistema antiaéreo israelense errou um drone do Hezbollah que pretendia destruir e atingiu uma estrada, ferindo vários civis.

A ofensiva do Hezbollah acontece após as mortes de Fuad Shukr, chefe militar do grupo em Beirute, capital do Líbano, e de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, em Teerã, capital do Irã. Os ataques que vitimaram os líderes dos movimentos foram atribuídos a Israel.

O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, disse, nessa terça-feira, que o seu grupo e o Irã serão “obrigados a adotar represálias” contra Israel “sem importar as consequências”, após as mortes de Shukr e Haniyeh.

Fonte: Oficial