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Homem é preso por atirar pedra em ônibus e ataques chegam a 520 em SP

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Homem é preso por atirar pedra em ônibus e ataques chegam a 520 em SP

Um homem de 29 anos foi preso nessa sexta-feira (18/7) por atirar pedra em um ônibus na Avenida Nossa Senhora do Sabará, na zona sul de São Paulo. O ataque é um dos 14 registrados pela SPTrans entre sexta e sábado (19/7).

Uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava em patrulhamento na avenida, altura do número 2.828, quando foi acionada por uma testemunha informando que um ônibus havia sido alvo de depredação.

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Os agentes viram o suspeito, que tentou fugir, mas foi detido e levado ao 98° Distrito Policial (Jardim Miriam).

Segundo a SPTrans, desde o dia 12 de junho, as empresas operadoras de ônibus relataram que 520 veículos do sistema municipal de transporte foram depredados na capital. Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da cidade, afirma a pasta.

O Metrópoles questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. De acordo com a última atualização, nove suspeitos foram presos durante a onda de vandalismo contra ônibus, considerando a ocorrência dessa sexta-feira.


Ataques a ônibus

  • A equipe de investigação considera mais de uma hipótese como motivação dos atos de vandalismo, como disputa entre as empresas de ônibus e desafio de internet, mas evita apontar uma linha de investigação principal, conforme apurou a reportagem com pessoas ligadas ao Deic.
  • Na capital, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou a Polícia Civil e reconheceu a demora em elucidar as causas e descobrir os autores das depredações.
  • Na última terça-feira (16/7), um menino de 10 anos ficou ferido por estilhaços após o ônibus em que estava ser atacado e atingido por uma bolinha de gude, no Morumbi, zona oeste da cidade. Ele teve um sangramento e foi socorrido no Hospital Luz Butantã.

Relatório da polícia

Um relatório produzido pela Polícia Civil de São Paulo fez um panorama da onda de ataques a ônibus ocorridos na região metropolitana da capital. A análise considera o período do dia 21 de maio até 5 de julho – cerca de um mês e meio. A equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) analisou os 191 boletins registrados pelas companhias de ônibus até então.

No período, a zona sul da capital é a região de maior concentração de ataques (85), seguida da zona oeste (65), zona leste (19) e centro (16). A zona norte (6) teve o menor número de ataques.

Segundo o levantamento, as vias com pelo menos cinco ataques são: Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Avenida Interlagos, Avenida Vereador João de Luca e Avenida Cupecê, na zona sul; Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Corifeu de Azevedo Marques e Rodovia Raposo Tavares, na zona oeste; Avenida Sapopemba e Avenida Senador Teotônio Vilela, na zona leste.

Quase 70% dos ataques aconteceram entre quintas-feiras e sábados (65 das ocorrências foram em uma quinta). As companhias lesadas foram: Vidazul Transportes, Sambaiba, Viação Campo Belo, Via Sudeste, Viação Gatusa, Viação Grajaú, Transpass e Mobibrasil — que lidera os ataques, com 40, aproximadamente 30%.

Fonte: www.metropoles.com