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Imagens inéditas revelam detalhes do assassinato de Pedrinho Matador

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Imagem colorida de homem de cabelo branco, curto, caído em calçada. Na extrema direita, acima, quadro destaca carro preto com portas abertas - Metrópoles

São Paulo — Pedrinho Matador, o maior serial killer do Brasil, foi executado a tiros e degolado em março de 2023, na Grande São Paulo, quando iniciava carreira de youtuber. Antes, havia cumprido 42 anos de prisão após ser condenado por 71 homicídios. Ele afirmava, porém, ter matado mais de 100 pessoas. Até o momento, nenhum dos três envolvidos no homicídio foi identificado ou preso.

Imagens inéditas do processo, obtidas pelo Metrópoles, ilustram o que aconteceu com Pedro Rodrigues Filho, morto aos 68 anos (veja galeria abaixo), e mostram detalhes da cena do crime.

A execução de Pedrinho Matador

Registrado em cartório como Pedro Rodrigues Filho, o assassino em série foi morto a tiros e em seguida degolado, à luz do dia e em uma calçada, quando tinha 68 anos de idade.

No dia em que morreu, Pedrinho Matador foi abordado por dois homens, por volta das 9h50 do dia 5 de março de 2023. Ele estava sentado em uma cadeira, em frente ao número 45 da Rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes.

Um homem com uma máscara do palhaço Coringa feriu Pedrinho com quatro tiros de pistola, que o atingiram na boca, abdômen, costas e axila esquerda. Em seguida, o comparsa, que usava uma máscara cirúrgica, degolou o serial killer com uma faca de cozinha.

Ambos fugiram em um Volkswagen Gol, preto, com placas da capital paulista, guiado por um terceiro criminoso.

A Polícia Militar foi acionada no momento do homicídio de Pedrinho. A direção para a qual o carro dos suspeitos fugiu foi indicada na denúncia.

Uma viatura da corporação chegou rapidamente à estrada onde o Volkswagen estava. Na tentativa de ocultar as provas, os criminosos encharcaram os bancos e o assoalho do carro com combustível, cujo galão foi encontrado em meio ao mato. No local, também foi achado um pedaço de papelão, parcialmente queimado, indicando que o trio pretendia atear fogo no veículo.

Na pressa para fugir, deixaram todas as portas abertas, além de objetos. Entre os itens havia uma camiseta e uma calça, que estavam no chão ao lado do veículo. Dentro do carro, no assoalho, havia uma máscara cirúrgica e também duas munições intactas.

DNA encontrado

Um laudo da Polícia Técnico-Científica (PTC), obtido com exclusividade pelo Metrópoles, afirma que peritos encontraram material genético no local do crime. Os itens estavam no carro usado pelos suspeitos.

Exames genéticos feitos identificaram a sequência de DNA de um dos homens envolvido no assassinato. A identidade dele, no entanto, ainda é uma dúvida para a polícia.

O perfil é masculino e foi inserido no banco de dados genéticos da Superintendência da PTC, que integra a rede de bancos de perfis genéticos do Brasil (Ribpg). No entanto, nenhuma coincidência gênica com qualquer amostra já armazenada nos bancos estaduais e nacional foi observada até o momento.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), São Paulo tem 27.888 perfis genéticos cadastrados e todos os DNAs inseridos no banco estadual paulista são processados no Núcleo de Biologia e Bioquímica da SPTC.

Quem foi Pedrinho

Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação. O primeiro crime do serial killer foi quando ele tinha 13 anos. Pedrinho afirmou que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão.

Cerca de um ano depois, aos 14, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir o pai. Na época, o pai de Pedrinho foi acusado de furtar merendas destinadas aos alunos da escola onde ele trabalhava como guarda. Após matar o político, Pedrinho também assassinou outro vigia da unidade escolar, que ele acreditava ser o verdadeiro responsável pelos furtos.

Após cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico.

Pedrinho Matador só foi preso aos 18 anos, em 1973. À época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos.

Pedrinho justificava os homicídios. Segundo ele, matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. O homem dizia que não aceitava algumas condutas criminosas e afirmava que nunca matou crianças, mulheres e pais de família.

Em 2018, Pedrinho conquistou a liberdade, aos 64 anos, após cumprir 42 anos de pena.

Fonte: Oficial