São Paulo – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) constatou uma fraude milionária por meio de um desvio de pouco mais de R$ 3 milhões em verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) que seriam destinados à pesquisadores do Instituto de Biologia. O desvio teria sido feito por uma ex-funcionária que era responsável por repassar o valor das bolsas.
O caso é investigado desde fevereiro deste ano por meio de uma Sindicância Administrativa da universidade, que encontrou irregularidades. As informações, publicadas em uma reportagem da jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (28/6), teriam sido repassadas pela universidade à Promotoria de Justiça Cível de Campinas após um pedido da Promotoria.
A suspeita do desvio surgiu no fim de 2023, quando uma auditoria da Fapesp detectou irregularidades na prestação de contas de um pesquisador do Instituto de Biologia. Depois de solicitar esclarecimentos, o órgão de incentivo percebeu que o problema se repetia em outros pesquisadores e na direção do Instituto e levou o caso à Unicamp.
A investigação levou até uma funcionária que trabalhava para a Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp), que foi demitida. O caso segue em apuração pela universidade.
Segundo a Folha de S. Paulo, a Promotoria de Justiça Cível solicitou que a Unicamp e a Fapesp fornecessem as informações descobertas para a abertura de um inquérito civil. A promotoria também teria acusado as duas instituições de estar demorando para adotar medidas para mitigar o prejuízo causados pelo desvio de verbas.
Além da Sindicância Administrativa, o desvio também é investigado por um Inquérito Policial no 7º DP de Campinas. Em informações fornecidas ao Metrópoles, a Polícia Civil esclareceu que três pessoas são suspeitas de envolvimento e estão sendo investigadas pela Polícia Civil.
Em nota, a Unicamp disse que “adotará todas as providências que se mostrarem cabíveis após sua conclusão da Sindicância Administrativa.
Já a Fapesp disse que “atendeu plenamente a todos os pedidos feitos pelo Ministério Publico sobre o caso”. Além disso, o órgão esclarece que “na apuração, há informações que são do domínio e da responsabilidade da fundação. Outros dados, porém, dependem dos pesquisadores e de sua instituição [Unicamp]”.
Fonte: Oficial