O júri do ex-tenente da Polícia Militar Henrique Octávio de Oliveira Velozo (na foto usando farda, à direita), preso por matar com um tiro na cabeça o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo (na foto de quimono, à esquerda), que estava acontecendo na manhã desta terça-feira (5/8), teve que ser interrompido por causa de um desentendimento entre as partes e, pela segunda vez, o julgamento teve que ser adiado. A nota data será 12 de novembro deste ano.
As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Nesta terça-feira, o julgamento estava acontecendo no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital e tinha previsão de durar dois dias. Era esperado que 11 testemunhas fossem ouvidas além do réu, que seria interrogado.
Anteriormente, o júri estava marcado para o dia 22 de maio, mas foi suspenso pelo desembargador Marco Antônio Cogan. Segundo o TJSP, os advogados do acusado alegaram, um dia antes da sessão, que o juiz prejudicou o direito de defesa ao cancelar os depoimentos dos peritos particulares contratados por eles.
Em junho deste ano, o tenente Henrique Otávio Oliveira Veloso foi exonerado da Polícia Militar por decisão do Tribunal de Justiça Militar (TJM). No relatório do Conselho de Justificação assinado pelo relator Clóvis Santinon, obtido pelo Metrópoles, o agora ex-oficial da PM “praticou condutas que constituem faltas disciplinares graves”.
Relembre o caso
- O lutador Leandro Lo, na ocasião com 33 anos, se envolveu em uma discussão com o tenente da PM durante um show em um clube de São Paulo, em agosto de 2022.
- Após o desentendimento, o agora ex-policial Henrique Otávio Oliveira Velozo foi até a mesa do campeão mundial com uma garrafa. Ele foi derrubado e imobilizado por Lo.
- O ex-tenente, depois de ser solto pelo lutador, levantou-se, sacou uma arma e atirou na cabeça do atleta.
- O ex-PM foi preso em flagrante. Ele também treinava jiu-jitsu, mas de forma amadora.
- Henrique Otávio foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão, segundo o Código de Processo Penal.
O ex-PM ainda responde por um processo administrativo na Justiça Militar.
Fonte: www.metropoles.com