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Justiça determina se vão a júri acusados por morte de delator do PCC

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Justiça determina se vão a júri acusados por morte de delator do PCC

Um dos mandantes e três policiais militares estão entre os acusados pelo assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) que foi fuzilado em 8 de novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Nesta segunda-feira (28/7), a Justiça começou a decidir se eles devem ir a júri por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

Os réus são Diego dos Santos Amaral, membro da facção criminosa, e os PMs Fernando Genauro da Silva, Denis Antonio Martins e Ruan Silva Rodrigues. A primeira audiência de instrução do caso pode levar dias no Fórum de Guarulhos. Nesta fase, serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa.

Os outros dois acusados, Emílio Carlos Gongorra Castilho e Kauê do Amaral Coelho, ainda não constituíram advogados.

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Mandantes da morte de delator do PCC

Segundo a força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) que apurou o caso, a execução de Gritzbach foi ordenada por Emílio Carlos Gongorra, o “Cigarreiro” que teve a ajuda de Diego Amaral, conhecido como “Didi” no planejamento.

Os dois teriam orquestrado o crime como uma forma de vingar a morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. Gritzbach é apontado como o responsável pelas mortes de ambos.

Como o Metrópoles mostrou anteriormente, Cigarreiro e Didi eram amigos pessoais de Cara Preta e parceiros de negócio. Didi, inclusive, estava em um carro com Cara Preta minutos antes do parceiro ser assassinado, em 2022, de acordo com as autoridades.

“A gente tem provas técnicas de que eles são os mandantes do crime, temos extração de nuvem, mensagens, há diálogos falando que a motivação seria uma vingança”, afirmou a delegada Luciana Peixoto, do DHPP.

Além da vingança, Gritzbach também foi morto por começar a delatar esquemas do PCC ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Todos do trio indiciado tiveram a prisão preventiva requerida pela polícia.


Execução de Gritzbach

  • Vinícius Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele estava retornando de uma viagem que fez para Maceió, em Alagoas.
  • Em depoimento, a namorada do executado, Maria Helena Paiva Antunes, afirmou que ouviu o companheiro no telefone no dia 5 e 6 de novembro falando com uma pessoa que lhe devia dinheiro. “Posteriormente, ele determinou que [o policial militar] Samuel [Tillvitz da Luz] e [o motorista] Danilo [Lima Silva] fossem a Maceió buscar algumas joias que seriam parte do pagamento dessa dívida.”
  • No dia da execução, quando Gritzbach passava pela área de desembarque um carro parou no local, dois homens encapuzados desceram do veículo vestindo colete a prova de balas e portando fuzis.
  • Assim que o alvo se aproximou, os dois começaram a atirar. Foram 29 disparos; 10 atingiram Gritzbach, que morreu no local. Pelo menos um dos disparos acertou o rosto do empresário.
  • Além dele, um taxista também foi morto e outras duas pessoas foram feridas pelos disparos.

 

Fonte: www.metropoles.com