O foguete Ariane 6 completou seu voo inaugural nesta segunda-feira, 9, mas a missão não foi totalmente bem-sucedida. O lançador europeu permaneceu em órbita sem liberar todas as cargas úteis planejadas.
O foguete decolou da Guiana Francesa, às 16h (horário de Brasília), observado por um jato de combate Rafale. Mesmo sem ser uma missão comercial, a pesquisa implantou três conjuntos de microssatélites.
Philippe Baptiste, chefe da agência espacial do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, comemorou o lançamento, mesmo com os erros. Ele deu a declaração durante videoconferência para a Agência Espacial Europeia (ESA) em Paris. “A Europa está de volta ao espaço.”
“Tivemos uma anomalia”, disse Tina Buchner da Costa, arquiteta do sistema de lançamento, em relação a uma falha no sistema de potência do motor da nave. “Provavelmente não vamos concluir esta parte da missão como esperávamos.”
A falha motiva uma investigação de engenharia, mas a ESA mantém o plano de um segundo voo até o fim do ano. O Ariane 6, desenvolvido pela ArianeGroup, teve um custo de aproximadamente € 4 bilhões (cerca de R$ 23,46 bilhões).
Europa estava sem foguete
5,4,3,2,1 allumage Vulcain!
Relive the moment the first Ariane 6 launched from @EuropeSpacePort, French Guiana
Turn the sound all the way UP #GoAriane! pic.twitter.com/WYRpPLGtnn
— European Space Agency (@esa) July 9, 2024
Desde a aposentadoria do Ariane 5, a Europa estava sem meios próprios de lançar satélites. A Europa vê o Ariane 6 como crucial para a sua independência espacial.
“O Ariane 6 é fundamental para a ambição espacial da Europa”, disse Toni Tolker-Nielsen, diretor interino de transporte espacial da ESA. A Europa foi forçada a usar o Falcon 9 da SpaceX para algumas missões.
Em 2014, a ESA decidiu desenvolver o Ariane 6 para competir com a SpaceX, empresa de Elon Musk. O foguete europeu enfrentará desafios para se tornar economicamente viável, mesmo com o apoio financeiro recente das nações patrocinadoras.
O Ariane 6 tem 29 missões planejadas, o que inclui 18 lançamentos para a constelação de internet Kuiper, da Amazon. A SpaceX, por sua vez, realizou 96 lançamentos, em 2023, e quase 70 até agora, em 2024, a maioria para seus próprios satélites Starlink.
Fonte: Oficial