O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que não foi convidado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater o corte nos gastos públicos.
Lira deu a declaração ao chegar a um evento da bancada evangélica no Congresso Nacional. Cotado para presidir a Câmara em 2025, Hugo Motta (Republicanos-PB), também esteve presente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que se reuniria com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de oficializar o pacote de medidas. No entanto, segundo informações obtidas pelo Poder360, nenhum encontro foi realizado até o momento.
Lula, porém, convidou Pacheco para uma reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 13, às 9h, sem divulgação oficial do tema.
Corte de gastos
As medidas de corte de gastos enfrentam resistência de alguns setores do governo Lula e da base de apoio, em especial do Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, a pressão sobre Haddad para apresentar as propostas de cortes aumentou.
Entre as áreas que podem ser revisadas estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o seguro-desemprego e o abono salarial.
Agentes financeiros consideram essas medidas essenciais para a sustentabilidade do arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos em 2023. No entanto, as previsões de mercado revelam que o governo federal não deve cumprir as metas fiscais de 2024 a 2027.
Fonte: Oficial