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Lula ressuscita “nós contra eles” ao defender gastos em educação

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São Paulo — Em um discurso para estudantes universitários, professores e apoiadores políticos feito para marcar a inauguração de um novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressuscitou a fala de “nós contra eles” ao apontar a educação como solução para a desigualdade social do país.

Lula inaugurou um campus em Osasco, na Grande São Paulo, que recebeu R$ 108 milhões em investimentos, cujas obras começaram em 2008 mas sofreram interrupções por falta de recursos durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Ao falar dos investimentos, Lula afirmou que “tem gente que não gosta que essas coisas aconteçam”.

“Esse país achava que pobre trabalhador tem que trabalhar. Que quem podia estudar era o filho do rico, que foi para Londres, para Chicago, para Paris, para Madri, para Coimbra. Nós queremos que a filha de uma empregada doméstica possa ser médica”, disse.

“Não queremos uma sociedade dividida pelo berço em que a pessoa nasceu. O papel do Estado é garantir a todos, independentemente da religião, da raça, do time de futebol, da condição financeira, a mesma oportunidade. Que sente numa sala de aula a filha da doutora e da empregada doméstica e estudem e disputem a vaga”, afirmou o presidente.

“Neste país, toda vez que se tenta fazer política social, aparece alguém dizendo ‘gasta demais’. Eu fico me perguntando quanto custou a esse país não ter feito a reforma agrária na década de 50? Quanto custou a esse país não ter feito universidade 300 anos atrás?” seguiu Lula em seu discurso.

“Tem gente da elite brasileira que não gosta que eu falo isso. Tem gente que fala que não pode falar ‘eles e nós, nós somos todos iguais’. Não é verdade. Nós não somos todos iguais. Tem gente que come dez vezes por dia, tem gente que passa dez dias sem comer. Esse é o país que nós queremos consertar.”

“E é por isso que a educação é investimento. Podem não gostar, mas nós vamos investir na formação de meninos e meninas nesse país. Queremos os mais pobres, queremos os de classe média e queremos os mais ricos sendo tratados em igualdade de condições”, afirmou.

Fonte: Oficial