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Mão fantasma: homem é preso em SP por golpe que movimentou R$ 90 mi

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São Paulo — Um homem de 24 anos foi preso em Peruíbe, litoral sul de São Paulo, por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que aplicava golpes em clientes de bancos usando uma falsa central de atendimento. Segundo as investigações, o grupo era especializado no “golpe da mão fantasma”, em que os suspeitos conseguiam acesso remoto aos celulares das vítimas e faziam transferências bancárias.

A prisão do suspeito em Peruíbe, no último dia 10 de julho, faz parte de uma operação contra três organizações criminosas suspeitas de movimentarem R$ 90 milhões em todo o país.

A investigação foi realizada pelo Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco), do Ministério Público de Santa Catarina, e pela Polícia Civil do estado. Ao todo, foram cumpridos 34 mandados de prisão preventiva e 73 de busca e apreensão em sete estados.

No caso do investigado de Peruíbe, a equipe da Delegacia de Investigações Gerais de Itanhaém realizou o cumprimento do mandado.

O suspeito preso foi encontrado em uma casa na Avenida Doutor Tancredo Neves, em Peruíbe. No local, foram apreendidos celulares e notebooks. Os aparelhos tinham conversas em que o homem aplicava os golpes em clientes de instituições bancárias.

Em Mongaguá, cidade vizinha, os policiais encontraram uma residência que servia como falsa central de atendimento. No local, foram apreendidos cinco notebooks e documentos do outro investigado, que não foi localizado. Além disso, quatro suspeitos foram identificados.

O material apreendido foi enviado à Santa Catarina, onde passará por perícia. O homem detido passou por audiência de custódia e permanece preso.

Como funcionava o golpe

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, primeiro, os suspeitos conseguiam uma lista de correntistas de uma instituição financeira. Na sequência, enviavam a eles mensagens de SMS indicando uma compra fictícia e fornecendo um número de telefone 0800 para contato.

Assim que as vítimas telefonaram para o número, os suspeitos simulam estar em uma central de atendimento da instituição financeira. Eles induzem as vítimas a realizarem transferências ilícitas ou a instalarem softwares de controle remoto em seus dispositivos.

Com acesso remoto aos dispositivos das vítimas, os criminosos inventam histórias sobre a necessidade de um escaneamento e solicitam que as vítimas virem a tela do smartphone para baixo. Enquanto isso, eles realizam transferências das contas das vítimas.

Fonte: Oficial