A Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, removeu 6,8 milhões de contas ligadas a esquemas de fraude no primeiro semestre de 2025. A medida integra uma ação mais ampla contra centros de golpe localizados no Sudeste Asiático, onde há registros de uso de trabalho forçado por organizações criminosas.
“Com base em nossos insights investigativos sobre as medidas de combate mais recentes, nós detectamos de forma proativa e eliminamos contas antes mesmo que as centrais de golpes pudessem utilizá-las”, disse a empresa, nesta quarta-feira, 6, em comunicado.
A Meta também informou que implementou novas ferramentas de proteção. Entre elas, um sistema que alerta o usuário quando é adicionado a grupos por números desconhecidos. A empresa explicou que essa prática é comum entre golpistas, que inserem vítimas em grupos falsos de investimento.
“Você poderá sair do grupo sem nem precisar ler a conversa”, diz a nota. “Caso ache que reconhece o grupo depois de conferir o resumo de segurança, você poderá optar por exibir a conversa para saber mais. De qualquer maneira, as notificações ficarão silenciadas até que você indique que deseja ficar no grupo.”
A Meta também orienta os usuários a tomarem três cuidados ao receber mensagens suspeitas: parar e refletir antes de responder, avaliar se a oferta é boa demais para ser real e confirmar a identidade do remetente por outro canal.
Fraudes no WhatsApp utilizavam mensagens e criptomoedas
Em uma das ações preventivas, a Meta trabalhou junto com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para desarticular um esquema ligado a um grupo criminoso do Camboja. Os fraudadores ofereciam pagamento por curtidas em redes sociais, como parte de uma pirâmide falsa associada ao aluguel de scooters. Esses golpistas usaram a ferramenta de inteligência artificial para criar instruções enviadas às vítimas.
O contato inicial era feito por mensagens de texto, e depois migrava para redes sociais ou outros aplicativos. As transações finais ocorriam em plataformas de pagamento ou por meio de criptomoedas. “Em todos os casos, existe uma pegadinha que deve servir de alerta para todos: você precisa pagar um valor para receber os rendimentos ou lucros prometidos”, afirmou a Meta.
A empresa informou que os principais centros de fraude operam em países como Mianmar, Camboja e Tailândia. Esses grupos, além de aplicar golpes, forçam pessoas recrutadas a participar das ações criminosas.
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Fonte: revistaoeste.com