O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação sobre danos estruturais a imóveis causados pelas obras de expansão da linha 2-verde do Metrô entre as estações Vila Prudente e Penha.
Segundo o relatório do MPSP, um morador da região denunciou que a casa dele estaria inabitável e outras 8 residências vizinhas foram interditadas por medidas de segurança.
Os moradores suspeitam que o problema tenha sido causado especialmente pela passagem da tuneladora, popularmente chamada de tatuzão.
Ainda de acordo com a denúncia, a perfuração deveria ter sido encerrada até novembro de 2024. Na portaria de instauração do inquérito, do último dia 7, a Promotoria oficiou o Metrô a responder se isso ocorreu.
Em nota, o Metrô afirmou que já tomou ciência do procedimento e se manifestará dentro dos prazos legais.
A empresa ressalta que, durante as obras, o Metrô adota uma série de medidas para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores da região impactada. “Antes do início das escavações, é realizada um vistoria técnica dos imóveis localizados na área de influência da obra”, explica o texto.
Ainda segundo o Metrô, ao longo da execução da obra, os imóveis nesta área de influência, são monitorados para eventuais movimentações ou anormalidades nas suas estruturas.
“Caso seja identificado risco, o Metrô realoca temporariamente os moradores para hotéis, com todo o suporte necessário. Equipes de comunicação do Metrô e dos consórcios responsáveis acompanham e dão toda estrutura para os moradores. Quando há danos, os imóveis são reparados e os moradores recebem assistência durante todo o processo, retornando às suas residências apenas quando houver plena segurança”, completa o texto.
O Metrô ressalta que a primeira etapa de escavações da tunenadora shield, conhecida como tatuzão, com 4,5km de extensão, entre Rapadura e VSE Falchi, foi concluída com precisão e segurança no final de maio. Segundo a empresa, o equipamento já está em fase final de desmontagem e será remontado para escavar o segundo trecho, de Penha a Rapadura.
Fonte: www.metropoles.com