São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recorreu da decisão da Justiça que concedeu a Gil Rugai a progressão de pena do regime semiaberto para o aberto. Ele deixou a prisão na última quarta-feira (14/8).
O ex-seminarista foi condenado a 32 anos de prisão por matar o pai e a madrasta em 2004.
No recurso apresentado pela promotora Mary Ann Nardo, ela diz que Rugai apresenta em seu pensamento “concepções ainda imaturas que interferem no entendimento mais objetivo da realidade”.
De acordo com o MPSP, o laudo do exame criminológico feito pelo condenado mostrou que ele vive sob a presença de “fantasias que promovem no réu a perda de controle sobre seus impulsos motores, assim como de característica capaz de favorecer reações mais intensas, podendo apresentar mudanças intempestivas de humor, labilidade (instabilidade) dos sentimentos e agressividade com consideração precária das circunstâncias externas”.
O posicionamento da promotora vai contra a decisão da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal, que concedeu a progressão da pena para Rugai.
De acordo com a magistrada, Rugai “preencheu o lapso temporal necessário e seu comportamento carcerário é considerado ótimo pelo Serviço de Segurança e Disciplina do estabelecimento prisional”.
Relembre o crime
O Tribunal do Júri considerou Gil Rugai culpado pelo assassinato do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O casal foi morto com 11 tiros, na casa onde morava, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, em março de 2004.
Fonte: Oficial