Lucas da Silva Santos, de 19 anos, morreu na tarde deste domingo (20/7), em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. O falecimento do jovem acontece 10 dias depois de sua internação com sintomas de envenenamento após comer um bolinho de mandioca.
A inf0rmação foi confirmada pela Prefeitura de São Bernardo do Campo que revelou a morte encefálica de Lucas e disse ainda que a família do jovem autorizou a doação de órgãos da vítima.
Padrasto preso
O padrasto de Lucas, Admilson Ferreira dos Santos, foi preso na última quarta-feira (16/7) e é considerado o principal suspeito de ter envenenado o bolinho ingerido pelo jovem.
Em entrevista coletiva, a delegada responsável pelo caso, Liliane Doretto, afirmou que recebeu relatos de dois irmãos de Lucas afirmando que Admilson abusou sexualmente deles. Os abusos teriam acontecido com as vítimas ainda crianças, com 4 e 9 anos, e duraram anos.
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A investigadora ainda afirmou que não há registros policiais denunciando os abusos porque o suspeito exercia um controle emocional sobre as vítimas, algo que inclusive teria acontecido com Lucas.
O caso é investigado como crime passional, visto que Admilson teria envenenado o jovem, pois ele queria sair de casa. O fato foi constatado pela polícia por meio de mensagens do suspeito que mostram a insatisfação dele com a hipótese de saída do enteado, por isso as autoridades acreditam que o crime foi premeditado.
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Padrasto é preso suspeito de envenenar jovem com bolinho
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Bolinhos enviados pela tia do jovem
Lucas passou mal cerca de meia hora depois de comer bolinhos de mandioca enviados pela tia, Cláudia Pereira dos Santos, na noite do dia 11 de julho. Ela é irmã de Admilson.
No início das investigações, a mulher foi apontada pela família como a principal suspeita, visto que ela tinha enviado os alimentos. O padrasto e a mãe do jovem afirmaram que não tinham uma boa relação com Cláudia, versão contrariada pela parente, que afirmou à polícia que se dava bem com os familiares, apesar de estarem um pouco afastados.
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Além disso, às autoridades, a mulher confirmou ter enviado cinco bolinhos para a casa do irmão, mas negou ter envenenado os alimentos.
Em entrevista coletiva, Cláudia contou que o padrasto do jovem pediu que ela fizesse os bolinhos. Ela disse que ama cozinhar e que costuma fazer pratos diferentes por “hobby”. A tia ainda contou que a filha dela foi entregar os bolinhos na casa do irmão.
“Ele [Admilson] me pediu os bolinhos. Minha filha de 9 anos levou com todo amor e carinho, como sempre faço”, contou.
Investigações
A equipe de investigação foi às casas da vítima e da tia dela. Lá foram coletadas amostras das massas e dos ingredientes dos bolinhos, e dos alimentos ingeridos pela vítima. As autoridades aguardam os resultados dos exames.
O hospital que o jovem está internado aguarda os resultados oficiais dos exames toxicológicos aos quais a vítima foi submetida.
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O caso foi registrado como homicídio e está sendo investigado pelo 6° Distrito Policial (São Bernardo do Campo).
Fonte: www.metropoles.com