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Motorista de Porsche que matou motociclista é sócio do Beco do Espeto

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Imagem colorida mostra homem tentando esconder rosto com capuz de blusa. Ele está cercado por pessoas - Metrópoles

São Paulo — O motorista do Porsche que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo, é empresário e sócio do bar Beco do Espeto, conhecido como “gaúcho”, localizado no Itaim Bibi, zona oeste da cidade. Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, perseguiu o motociclista na madrugada desta segunda-feira (29/7) por  cerca de 2km, após provável briga de trânsito.

De acordo com documento policial obtido pelo Metrópoles, Igor fez o teste do bafômetro e testou negativo.

O motorista presta depoimento na manhã desta segunda no 11º Distrito Policial de São Paulo, em Santo Amaro, onde o caso foi registrado como homicídio culposo e lesão corporal. Antes, ele foi submetido a exame toxicológico no Instituto Médico Legal (IML).

A colisão teria ocorrido após uma discussão de trânsito, seguida de uma perseguição ao longo de cerca de 2 quilômetros. Os veículos se chocaram contra um poste e ficaram completamente destruídos.

Pedro Kaique Ventura Figueiredo, que pilotava a moto, foi socorrido, mas não resistiu.

A namorada de Igor, Marielle Aparecida De Oliveira Campos, de 25 anos, ficou ferida e foi encaminhada ao pronto-socorro. Igor não se feriu.

Assista ao momento do acidente: 

“A vida vale um retrovisor?”

O pai de Pedro Kaique Ventura Figueiredo, morto em uma colisão com um Porsche na Avenida Interlagos, disse que o filho foi atropelado de forma intencional. Segundo ele, o motorista do Porsche, que não teve a identidade divulgada, acertou a traseira da moto de Pedro Kaique com a intenção de matá-lo.

Assista à declaração do pai:

“Ele veio na intenção de matar meu filho. Ele atingiu meu filho por trás, pelas costas”, disse Alex Russo Figueiredo, em frente ao 11º Distrito Policial de São Paulo, onde o caso foi registrado.

“Eu só queria saber por que ele fez isso. Por mais que ele tenha quebrado o retrovisor ou algo do tipo, não justifica ele ter tirado a vida do menino. A vida vale um retrovisor? Agora ele vai poder voltar atrás e trazer meu filho para dentro de casa, para dentro da família?”, questionou Alex Russo Figueiredo.

“Houve a discussão, mas por mais que seja por um retrovisor ou algo do tipo, não quer dizer que ele tem o direito de ir lá e atentar contra a vida de outra pessoa. Ele podia ter pegado a placa, feito boletim de ocorrência. Mas ele pegar e simplesmente tirar a vida do garoto?”, questionou o pai de Pedro Caique.

“Não tem como ser um crime culposo. Por mais que tenha ocorrido uma discussão, ele teve intenção de matar. Se isso não é o motivo, qual é o motivo então? Fala para mim”, complementou.

 

 

Fonte: Oficial