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Mulher morre após ser enforcada por 6 minutos em briga punk em SP

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Mulher morre após ser enforcada por 6 minutos em briga punk em SP

Uma mulher de 43 anos morreu após ser agredida em uma briga punk na Lapa, na zona oeste de São Paulo, na noite do último domingo (3/8). Helen Cristina Vitai foi enforcada por outra mulher por pelo menos seis minutos.

As agressões duraram, ao todo, oito minutos. A vítima foi encaminhada a uma unidade de saúde, mas não resistiu. Ela deixa uma filha.

Uma câmera de segurança registrou as cenas de violência. Diversas pessoas presenciaram as agressões, mas ninguém ajudou Helen em nenhum momento. Um homem chega a afastar quem está próximo para que as duas continuem a brigar. As cenas são fortes, e o Metrópoles selecionou alguns trechos do conteúdo. Veja:

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso é investigado pelo 7º Distrito Policial (DP), da Lapa.

A vítima foi velada nesta quarta (6/8) no Cemitério Vila Formosa, na zona leste da capital.


Vítima estava em show punk momentos antes

  • Helen estava no evento 200 Anos de Punk, no Tendal da Lapa, na Rua Guaicurus, promovido pela Prefeitura de São Paulo.
  • Não há informações de como ou em que momento a briga entre a vítima e a agressora iniciou.
  • Nas redes sociais, adeptos do estilo de contra-cultura condenam a postura das testemunhas que não prestaram apoio a Helen, e também aos seguranças do evento, que não apartaram a briga.
  • A reportagem contatou o Tendal da Lapa para questionar sobre as denúncias de negligência, mas o local direcionou a demanda à Prefeitura de São Paulo, que não retornou o pedido até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

Coletivo responsável por evento se manifestou

Em nota publicada nas redes sociais, o coletivo 200 Anos de Punk lamentou o ocorrido. “O evento do domingo foi elaborado e desenvolvido por meses, feito de punks para os punks e rolou na tranquilidade. Estávamos todos extasiados de ver todas as gerações do punk reunidas e ter conseguido concluir o evento com sucesso e sem maiores ocorrências”, diz o texto.

“Até que, na segunda pela manhã, nos chegou a notícia que houve uma briga na rua, após o término do evento que acabou culminando com a morte da punk Helen Vitai, que era mãe e deixa uma filha pequena”, continuou a nota.

O coletivo, formado pelas bandas que tocaram no evento, repudiou as agressões. “Desde o início, o movimento punk, infelizmente, é marcado por episódios de violência e isso só nos afasta uns dos outros, fecha espaços e enfraquece a nossa cena”, afirmam.

O 200 Anos de Punk prestou pêsames aos familiares e amigos de Helen, e cobrou justiça. “Seguiremos tentando construir, somar e passar nossa visão! Paz entre nós, guerra aos senhores!”, finaliza o texto.

Punks pedem fim da violência

Em luto, outros coletivos e bandas cancelaram eventos previstos para os próximos dias, como o Sub Pop Fest, que aconteceria no próximo sábado (9/8). “Sem ânimo de tocar e organizar evento neste mês de agosto. Em memória de Vitai Helen”, disse um dos organizadores.

A União do Movimento Punk (UMP) convocou os adeptos do estilo musical para uma reunião, agendada para o dia 6 de setembro no pátio do Memorial da América Latina, também na zona oeste. “Precisamos dar um basta. Chega de punks morrendo”, é o mote da convocação.

“Que os responsáveis sejam punidos e excluídos da cena Punk! Isso não deve se repetir jamais”, afirmou o UMP em publicação no Facebook.

A identidade da suspeita de homicídio passou a ser compartilhada nas redes sociais, mas ainda não foi confirmada pela polícia.

Fonte: www.metropoles.com