O nome parece placa de carro: TOI-1846 b. Mas se refere a um planeta recém-descoberto pela Nasa — e a distância até ele é impossível de ser percorrida, mesmo com o mais potente ônibus espacial. Ainda assim, o astro chama atenção no noticiário com o nome de Super-Terra. O motivo? Além do tamanho extra, o sonho antigo da Nasa: encontrar um meio de viver em outro ponto do universo e, oxalá, dar de cara com vida inteligente no caminho.
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Segundo a Nasa, TOI-1846 b fica a 154 anos-luz da linha do Equador. Com a tecnologia atual, a viagem seria uma saga mais demorada do que o tempo que a humanidade levou para ir da primeira fogueira, ao lado de uma caverna, à invenção do forno de micro-ondas.
2001 odisseias no espaço
O ano-luz é a distância que se percorreria em um ano, movendo-se na velocidade da luz: 300 mil km/s. Numa rápida piscada, o viajante fecha os olhos na Terra e já está na Lua quando os abre.
Atualmente, o foguete mais rápido construído pelo homem chega, com muito esforço, a 190 km/s. É 1,5 mil vezes mais lento que a luz. Para percorrer um ano-luz, seriam necessários 1,5 mil anos. Multiplique por 154 e, no melhor dos cenários, chegar ao planeta recém-descoberto demoraria quase 243 mil anos — se nenhum motor falhar no caminho.
A vida na Super-Terra
Caso a humanidade arranje um jeito de furar a distância, será preciso ter muito cuidado na hora de escolher o lugar para pousar. A depender da região, o ambiente pode ser tão hostil à vida quanto um forno de cozinha aceso.
A superfície do TOI-1846 b registra temperaturas superiores a 300°C. Possível de encarar, mas somente com traje especial e nervos sob controle.
De acordo com os cientistas, algumas áreas são menos afetadas pela radiação da estrela que funciona como um sol para a Super-Terra. Nesses locais, faz menos calor e pode haver água na forma líquida. É um dos segredos para haver vida na Terra — berço e única morada da humanidade, por enquanto.
Fonte: revistaoeste.com