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Nikolas mostra ato na Paulista a Bolsonaro e cobra Motta e Alcolumbre

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Nikolas mostra ato na Paulista a Bolsonaro e cobra Motta e Alcolumbre

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi a principal atração entre políticos que fizeram o uso da fala no ato bolsonarista em São Paulo neste domingo (3/8). No discurso, o parlamentar atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a diplomacia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cobrou os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União).

Nikolas mostrou o ato para Jair Bolsonaro (PL), que acompanha as manifestações por videochamada em todo o país. O ex-presidente não pode sair de casa aos finais de semana por determinação judicial. A medida foi imposta na mesma decisão de 18 de julho, que obriga Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica.

Em cima do trio elétrico estacionado na esquina da Avenida Paulista com a rua Peixoto Gomide, o deputado mineiro ironizou Moraes, que assinou as medidas cautelares contra Bolsonaro, e chamou o ministro do STF de “violador dos direitos humanos” e disse que o magistrado “se lascou”.

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“Você, sem a toga, não sobra nada. A primeira sanção veio. Eu posso usar cartão de crédito, eu posso ter rede social, e eu posso também usar pente de cabelo”, disse Nikolas a Moraes.

O deputado se referiu à lei Magnitski, aplicada pelo governo americano contra Moraes, após pressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro – Eduardo e Nikolas selaram uma trégua nessa semana após troca de farpas.

Cobrança ao Congresso

Nikolas também cobrou os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para pautar demandas bolsonaristas no Congresso Nacional.

Ao presidente da Câmara Hugo Motta, o deputado mineiro cobrou que pautasse o projeto de Lei para anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando boslonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes da República.

“Presidente Hugo Motta, chegou a hora de dividir os meninos dos homens. Não brinque com a vida das pessoas presas injustamente e com penas desproporcionais como um jogo político”, disse Nikolas. “Não estou pedindo nem para você aprovar porque você não tem esse poder. Só estou pedindo: paute a anistia porque o resto nós vamos fazer”, acrescentou.

A Davi Alcolumbre, Nikolas falou sobre um novo pedido de Impeachment. O deputado havia anunciado na quarta-feira (30/7), dia que foi aplicada a sanção americana contra Moraes, que iria protocolar o pedido.

“Vai chegar na tua mesa, nesta semana, o trigésimo pedido de Impeachment do Alexandre de Moraes. Nós estamos escrevendo o pedido de impeachment do Alexandre de Moraes e vai chegar na tua mesa nesta semana”.

O deputado mineiro tem divulgado uma campanha contra Moraes nas redes sociais. Ele tem publicado um “placar” com o posicionamento dos senadores sobre o impeachment do magistrado. O site mostra 34 senadores favoráveis, 19 contrários e 28 indefinidos – entre eles, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), responsável por pautar a proposta de impeachment.

Críticas a Lula

Nikolas também não poupou o presidente Lula e contrapôs o discurso do governo de defesa de soberania nacional. Segundo ele, o petista atentou contra a soberania do país quando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) foi usado para resgatar a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, que estava refugiada na Embaixada brasileira. O parlamentar também criticou a defesa de Lula a ex-presidente argentina Cristina Kirchner.

“Atacar a soberania nacional quando eles querem, é válido. Quando nós estamos colocando um juizinho de meia tigela no lugar dele, aí é ataque à soberania? Pelo contrário, Isso se chama democracia”, argumentou Nikolas.

Essa é a 8ª manifestação nas ruas organizada pelo núcleo duro do bolsonarismo desde que Jair Bolsonaro (PL) deixou a Presidência da República, em 2022. O ato deste domingo é o primeiro que não contará com a presença do ex-presidente. Uma das medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determina que Bolsonaro não pode sair de casa aos finais de semana. Bolsonaro acompanaha as manifestações por vídeochamada.

Além da ausência do ex-presidente, o ato na Paulista também não contará com governadores. Tarcísio de Freitas (Republicanos) fará um procedimento médico no Hospital Albert Einstein na tarde deste domingo. Por outro lado, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vai marcar presença na manifestação na Avenida Paulista.

Com o mote “reaja, Brasil”, o ato pretende marcar a reação da direita ao julgamento que avança no Supremos sobre tentativa de golpe de Estado, que teria sido liderada por Jair Bolsonaro. Na quarta-feira (30/7), o governo americano aplicou a lei Magnitsky contra Moraes, uma sanção que impede cidadãos estrangeiros de entrar nos Estados Unidos e realizar transações financeiras com empresas americanas.

Fonte: www.metropoles.com