O estado de São Paulo vai enfrentar pelo menos duas frentes frias no mês de agosto, o que estimula a ocorrência de chuvas intensas e queda nas temperaturas no território paulista. Mesmo assim, o volume acumulado não será grande e o tempo tipicamente seco e ensolarado do mês deve predominar no período.
Ao Metrópoles, o portal Climatempo afirmou que a elevação natural de temperatura também será sentida ao longo do mês, com maior quantidade de tardes quentes em relação à julho e junho. As madrugadas e inícios de manhã ainda poderão ser frescos pelo interior do estado, mas não com frio intenso como observado nos últimos dois meses.
Áreas no extremo oeste e noroeste do estado poderão, inclusive, sentir a influência de ondas de calor, que devem se estabelecer sobre o Centro-Oeste do país, mas afetando também algumas áreas da região Sudeste.
“Na faixa mais ao norte, região de Jales, Barretos, Ribeirão Preto, o mês de agosto terá predomínio de sol e vários dias com baixa umidade do ar”, avalia a porta-voz do Tempo Ok, Maria Clara Sassaki. “No geral, a amplitude térmica será elevada, com manhãs frias e tardes de temperaturas mais elevadas. Onde essa condição predominar, é um indicativo de que a umidade relativa do ar estará baixa, e esse cenário costuma ser mais crítico no norte do estado.”
Na média do mês, segundo a meteorologista, as mínimas podem ficar em torno de 15°C e as máximas entre 20°C e 24°C. Assim, o período será marcado por variações de tempo e temperatura, com alternância entre dias de céu mais encoberto com chuva e dias ensolarados e secos.
Previsão do tempo para esta sexta (1º/8) na capital
- Nesta sexta, a capital paulista ainda deve registrar sensação de frio durante a madrugada, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.
- A previsão para a temperatura mínima está ao redor dos 9°C e há probabilidade de neblina nas primeiras horas da manhã.
- No decorrer do dia, o predomínio será de sol entre poucas nuvens, o que vai facilitar a elevação da temperatura até os 22°C.
- A umidade do ar entra em declínio, com valores mínimos próximos aos 38%.
Sassaki ainda afirma que agosto será marcado por neutralidade na região do Oceano Pacífico, ou seja, não há influência de El Niño ou La Niña.
Frentes frias
De acordo com a Defesa Civil do estado, a primeira frente fria está prevista para ocorrer na primeira quinzena do mês, por volta da próxima terça-feira (5/8). Esse sistema deverá avançar pelo litoral, provocando o transporte de umidade para a faixa leste do estado.
A previsão indica pancadas de chuva localmente fortes, com potencial para descargas elétricas, rajadas de vento e eventual formação de tempestades severas. Os acumulados de precipitação podem ser elevados, especialmente em áreas mais vulneráveis, como encostas e regiões com histórico de alagamentos e quedas de árvores.
Já a segunda frente fria deve se aproximar ao fim do mês, por volta do dia 27. Embora tenha menor potencial de provocar chuvas intensas, esse sistema será marcado pela entrada de uma massa de ar frio que deve derrubar as temperaturas em grande parte do estado, inclusive no interior. A sensação térmica será mais acentuada nas primeiras horas do dia, com expectativa de manhãs frias após a passagem do sistema.
Risco de incêndio
Os episódios de chuva também não deverão ser suficientes para manter a umidade no solo por muito tempo. Assim, agosto permanece sendo um mês de atenção redobrada para o aumento do risco de propagação de focos de incêndio florestais e queimadas.
Regiões como Itapeva, Sorocaba, Campinas, Marília, Bauru, Araçatuba, Barretos, Ribeirão Preto, Franca, Presidente Prudente e São José do Rio Preto devem registrar baixos índices de umidade relativa do ar, o que aumenta consideravelmente o risco de incêndios florestais e queimadas.
A Defesa Civil reforça a importância da adoção de medidas preventivas, especialmente em áreas de vegetação ressecada. Vale lembrar que provocar queimadas é crime ambiental, passível de sanções e multas. A colaboração da população é fundamental para a preservação ambiental e a segurança coletiva.
Qualidade do ar
Outro fator de atenção para o mês é a qualidade do ar, que tende a piorar nas regiões mais densamente urbanizadas, como as regiões
metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.
A combinação de tempo seco, pouca ventilação e acúmulo de poluentes pode agravar problemas respiratórios, sobretudo em grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
A Defesa Civil recomenda que a população evite atividades físicas intensas nos horários mais secos do dia, mantenha-se hidratada e, sempre que possível, utilize umidificadores em ambientes fechados.
Fonte: www.metropoles.com
