São Paulo – A Secretaria Municipal de Segurança de Santos, no litoral paulista, vai anunciar, na tarde desta sexta-feira (28/6), reforço no efetivo policial da orla da cidade por meio da implementação de uma “zona de segurança máxima”.
O projeto é o primeiro da nova secretária de Segurança de Santos, a delegada Raquel Gallinati, e prevê policiamento 24 horas por dia da Guarda Municipal, de responsabilidade da Prefeitura.
A orla santista possui alguns dos pontos mais movimentados da cidade e já conta com câmeras de vigilância instaladas ao longo dos seus 7 km de extensão. Para garantir a permanência dos guardas municipais na área, a pasta aguarda a contratação de 200 novos agentes, que serão selecionados por meio de um concurso em andamento desde o ano passado. Atualmente, há 450 guardas municipais na cidade.
Proporcionalmente, a cidade tem quase o dobro de agentes por habitantes em relação à capital paulista. Em Santos, a média é de 928 munícipes para cada guarda metropolitano. Já na capital, são 1,7 mil pessoas para cada agente disponível.
Os detalhes serão divulgados em entrevista coletiva marcada para às 17h desta sexta-feira no centro da cidade.
Santos na mira
Embora o policiamento geralmente seja de responsabilidade do Estado, que detém o comando das forças de segurança como a Polícia Militar e a Polícia Civil, a gestão do prefeito Rogério Santos (Republicanos) tem buscado imprimir uma marca própria na Segurança Pública no ano em que tentará a reeleição à Prefeitura santista.
As novas ações da guarda metropolitana são anunciadas após o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ter dedicado especial atenção à Baixada Santista. O Metrópoles detalhou, por meio de uma série de reportagens intitulada “Baixada Sangrenta”, a atuação truculenta da PM no governo Tarcísio, com mais de 100 pessoas assassinadas na região.
A própria escolha de Gallinati, que tomou posse nesta semana, para comandar a área da Segurança Pública, é vista como um aceno do prefeito ao eleitorado bolsonarista – filiada ao PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a delegada chegou a ser cotada por integrantes do partido para a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na capital.
No mesmo dia em que Gallinati tomou posse como secretária de Rogério Santos, a direção estadual do PL divulgou uma nota na qual afirma que filiados que ocuparem cargos comissionados na Prefeitura de Santos não representam apoio do partido à atual gestão.
A pré-candidata do PL à Prefeitura de Santos é a deputada federal Rosana Valle, que lidera as pesquisas de intenções de votos.
Fonte: Oficial