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Pai ameaça filhas, atira no quarto dos netos e é morto pela PM

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Pai ameaça filhas, atira no quarto dos netos e é morto pela PM

Um homem de 72 anos, identificado como o empresário Roseval Sales de Oliveira, foi morto na noite do último domingo (3/8), após trocar tiros com a Polícia Militar (PM) em um apartamento localizado na Avenida Marechal Maurício José Cardoso, no bairro Boqueirão, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Ele havia ameaçado as filhas e atirado contra o quarto dos netos momentos antes.

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito, que tem problemas com álcool e toma remédios controlados, estava alterado. A PM foi acionada à Rua Senador Azevedo Junior, no bairro Tude Bastos, para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo contra familiares. Ao chegar no local, os agentes conversaram com os parentes de Roseval, que relataram que o homem teria atirado contra a janela do quarto onde estariam os netos dele. Não havia ninguém na residência e não houve feridos.

A polícia também foi informada de que o atirador teria deixado o local em uma caminhonete azul do modelo Nissan Frontier. Os familiares passaram o endereço do homem às autoridades, que foram até o local.

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No endereço do atirador, um condomínio de prédio de alto padrão, os agentes conversaram com o porteiro. O funcionário informou o apartamento de Roseval e relatou que o homem chegou “bastante alterado” e que teria batido o próprio veículo na garagem do condomínio. Primeiro, os agentes foram até o carro e dentro do automóvel encontraram o que aparentava ser um revólver calibre 38.

Um policial continuou ao lado do carro para preservar o local, enquanto o restante da equipe foi até o apartamento do suspeito. Na porta da residência e com auxílio do escudo balístico, os PMs envolvidos na operação chamaram pelo homem, que não reagiu. Depois de muita insistência, Roseval atendeu e os policiais se apresentaram dizendo que era para ele abrir a porta.

Neste momento, o suspeito abriu parcialmente a porta do apartamento, de uma forma que os policiais só conseguiam ver a cabeça dele. Os agentes pediram para que o homem mostrasse a mão, pedido que não foi atendido. Ainda de acordo com o registro policial, Roseval apontou um revólver contra a equipe policial e atirou duas vezes contra os agentes. Os policiais reagiram e atiraram cinco vezes contra o suspeito. Posteriormente, a porta do apartamento se fechou e todos recuaram.

Após breve análise, os PMs constataram que os disparos feitos pelo atirador teriam atingido o escudo balístico da equipe e o teto do corredor em que estavam. As autoridades também não sabiam, naquele momento, se os tiros feitos por eles teriam acertado o agressor.

Após recuar, a PM acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para dar sequência à ocorrência. Depois de um tempo, junto com a equipe do Gate, a polícia militar invadiu o apartamento e encontrou Roseval caído dentro da residência com bastante sangue ao seu redor e aparentando já estar morto. No local foi localizado um rifle calibre 44 e oito munições calibre 44 e 7 munições calibre 38, além de facas diversas.


Ameaças e vício em álcool

  • Em depoimento aos policiais militares, uma das filhas de Roseval e que mora com ele contou que ele tinha problema com alcoolismo e com o uso de medicamento de uso controlado.
  • As ameaças começaram na manhã do domingo, quando o homem teria bebido. Naquele momento, um discussão por motivos familiares teria acontecido entre o homem e uma das filhas. Nessa briga, a mulher ainda afirmou que foi ameaçada de morte com um revólver. Ele continuou no local por um tempo e depois foi embora sem dizer para onde iria.
  • Posteriormente, por volta das 14h, recebeu uma ligação da irmã mais velha. No telefonema, a familiar contou que o pai teria ido até a casa dela e atirando algumas vezes na direção do quartos dos filhos da mulher, também netos de Roseval.
  • Também na ligação, a irmã mais velha pediu que a depoente retornasse para casa onde mora com o pai. A mulher voltou para a casa para buscar uma amiga que havia dormido na casa na noite anterior e ao chegar no endereço viu o pai “bastante alcoolizado”.
  • Ela evitou encontrar com o pai, viu a amiga e as duas saíram do local sem encontrar com Roseval. Depois foi à casa da irmã e decidiu ir à uma delegacia registrar boletim de ocorrência.

Enquanto aguardava para fazer o BO, a mulher recebeu uma mensagem do porteiro do prédio e uma foto onde aparecia três viaturas da Polícia Militar no local.

Ela foi ao endereço e foi informada de que havia acontecido um tiroteio, mas que o pai não estava ferido. Depois ela ficou sabendo o que aconteceu com o homem e disse que o pai tinha surtos e acredita que isso teria motivado os tiros.

Alcoolizado e nervoso

A segunda filha de Roseval, mãe da crianças que tiveram o quarto alvejado pelo atirador, contou à polícia que encontrou o pai em uma padaria bem “alcoolizado e bastante nervoso”. Durante a conversa, o homem teria ameaçado a filha e dito que ela iria morrer.

Por conta do estado do pai, a mulher decidiu ir embora do local e foi para a casa do cunhado para imprimir alguns documentos. Ali ela recebeu uma ligação do esposo, dizendo que Roseval teria ido até a residência do casal e atirado, destruindo a janela do quarto do filho. Não havia ninguém em casa e, por isso, não houve feridos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, ameaça, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, legítima defesa e homicídio tentado, na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.

Fonte: www.metropoles.com