São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido da defesa da influenciadora Natalia Becker, de 29 anos, para que corra sob sigilo o inquérito no qual ela é investigada por homicídio com dolo eventual por ter assumido o risco de matar o empresário Henrique da Silva Chagas, de 27, após um peeling de fenol.
A juíza Ana Lucia Siqueira de Figueiredo entendeu que o processo deve seguir de livre acesso. “É notório que a instauração de processo de natureza criminal gera dissabores para as partes envolvidas, contudo esse efeito indesejável não pode esvaziar o princípio constitucional da publicidade dos autos processuais, sendo o segredo de Justiça a exceção”, determinou a magistrada.
Henrique Chagas começou a passar mal logo após ser submetido a um peeling de fenol no último dia 3 de junho. O óbito dele foi constatado por uma equipe do Samu cerca de uma hora depois dos primeiros sintomas.
O laudo sobre a causa da morte do paciente ainda não foi divulgado pela Polícia Civil, que investiga o caso.
Natália se apresentou na delegacia apenas dois dias após a morte da vítima e prestou depoimento por cerca de 2 horas. “Eu tô muito triste pelo que ocorreu, jamais quis prejudicar ninguém. Sinto muito pela família dele. Acabou com a minha vida isso. Eu jamais tive a intenção de prejudicar ele”, disse a influencer a jornalistas ao sair da unidade policial na última quarta-feira (5/6).
A mulher admitiu não ter solicitado exames prévios de Henrique e disse que aprendeu a aplicar o peeling em um curso on-line.
A clínica dela foi fechada e autuada pela Vigilância Sanitária do município. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o estabelecimento “exercia procedimentos em desacordo com a legislação vigente”.
A advogada de defesa da influencer, Tatiane Forte, disse que reforçou o pedido de sigilo porque houve a propagação de informações falsas sobre o caso, segundo o portal Uol. Forte disse ainda, que sua cliente está sendo ameaçada. “Estão sendo desencadeados atos de vandalismo contra a clínica da investigada, em razão da repercussão que os fatos tomaram”.
Fonte: Oficial