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PF descobre esquema que instalava dispositivos em computadores do INSS

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São Paulo A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (18/9), na cidade de São Paulo, uma operação para combater a reativação fraudulenta de benefícios previdenciários. 

O esquema investigado pela Operação Relâmpago consistia na instalação de dispositivos eletrônicos clandestinos nas redes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esses dispositivos permitem o acesso irregular aos sistemas da autarquia e a reativação massiva de benefícios ilícitos. 

Nesta quarta, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão na capital paulista. A operação contou com a cooperação do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência, além do apoio do INSS.

De acordo com a PF, a investigação atual é um desdobramento de prisões em flagrante de pessoas que forneciam seus dados bancários para receber de maneira indevida benefícios previdenciários. Os valores seriam repassados posteriormente.

As investigações identificaram os intermediários envolvidos no esquema criminoso. Eles devem responder, inicialmente, pelos crimes de estelionato previdenciário e associação criminosa.

A reportagem contatou o INSS para questionar sobre questões de segurança digital da autarquia que permitiram o acesso de dispositivos clandestinos, mas não teve resposta até a publicação. O espaço segue aberto.

Farra do INSS

O Metrópoles revelou um esquema bilionário de descontos na aposentadoria de previdenciários do INSS. De acordo com as reportagens, associações sem fins lucrativos aplicaram descontos indevidos em aposentadorias, faturando mais de R$ 2 bilhões desde janeiro de 2023.

Dados obtidos com exclusividade pelo Metrópoles, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostram que existem hoje 29 associações autorizadas pelo INSS a praticar “desconto de mensalidade associativa” nos benefícios de aposentadoria e pensão, por meio de acordos de cooperação técnica.

Pela regra do órgão, no entanto, as mensalidades só podem ser cobradas mediante filiação feita com a assinatura do segurado – o que não foi feito. A apuração mostrou ainda o envolvimento de lobistas com lucros milionários.

Fonte: Oficial