O historiador Timothy C. Winegard reforçou, em entrevista ao podcast Chasing Life que o mosquito é o maior causador de mortes da história humana. Mesmo sendo um inseto diminuto, o mosquito supera amplamente outros predadores, como tubarões, ao ser responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano, principalmente por meio da transmissão de doenças como malária, dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Timothy C. Winegard, professor de história da Colorado Mesa University e autor do livro O Mosquito: Uma História Humana do Nosso Predador Mais Mortal, afirmou que esse pequeno inseto acompanha a trajetória da humanidade desde seus primórdios e moldou eventos decisivos ao longo dos séculos. A afirmação de Timothy C. Winegard é baseada na influência das doenças transmitidas por mosquitos em diversos momentos históricos e na devastação contínua provocada por essas enfermidades em diferentes partes do mundo.
Mosquito continua sendo ameaça invisível e silenciosa
A inspiração para o livro surgiu de uma conversa com o pai de Timothy C. Winegard sobre malária. A princípio, Timothy C. Winegard não se interessou. “Eu meio que o menosprezei e disse: ‘Claro, pai, vou escrever um livro sobre mosquitos’”, recordou Timothy C. Winegard. No entanto, ao estudar o impacto dos vírus e parasitas transmitidos por mosquitos, Timothy C. Winegard percebeu a dimensão do problema e passou a se aprofundar no tema.
Além de contextualizar a ameaça ao longo da história, Timothy C. Winegard compartilhou estratégias eficazes para evitar as picadas durante o verão.
Álcool, suor e CO₂: principais atrativos para o mosquito
Timothy C. Winegard explicou que os mosquitos são atraídos por calor e cheiro. O consumo de bebidas alcoólicas eleva a temperatura corporal, tornando a pessoa mais visível por meio da visão térmica usada pelo inseto. “Eles veem assinaturas de calor. Consumir álcool aumenta a temperatura do seu corpo, o que te torna uma assinatura de calor identificável para seu futuro algoz.”
Além disso, o dióxido de carbono exalado durante a respiração também é um atrativo. Timothy C. Winegard informou que os mosquitos conseguem detectar CO₂ a mais de 60 metros. Exercícios físicos e respiração intensa aumentam o risco de ser localizado.
O tipo de roupa também interfere. Tecidos escuros retêm mais calor, e Timothy C. Winegard recomendou o uso de roupas claras e de mangas compridas como medida de proteção.
Proteção exige atenção e repelente bem aplicado
O uso de repelentes ainda é o método mais eficaz para se defender. No entanto, Timothy C. Winegard alertou sobre a importância da aplicação cuidadosa. “Eu conheço pessoas que se cobrem de repelente, mas perdem um pequeno ponto na parte de trás da panturrilha e ela encontrará a brecha em nossa armadura.”
Segundo Timothy C. Winegard, produtos com DEET são o padrão de referência, mas o óleo de eucalipto-limão pode ser uma alternativa natural. Timothy C. Winegard também sugeriu o uso de roupas tratadas com permetrina, um inseticida eficaz contra o mosquito.
Água parada é criadouro ideal para o mosquito fêmea
Timothy C. Winegard lembrou que as fêmeas depositam ovos em qualquer pequena quantidade de água. Desde grandes poças até “uma tampa de garrafa cheia” são suficientes. Pneus, brinquedos abandonados, recipientes no quintal e até solo encharcado podem se tornar focos de proliferação. Eliminar a água parada ao redor das residências é uma ação preventiva essencial.
Cheiros, tipos sanguíneos e outros fatores genéticos
Perfumes, sabonetes e desodorantes são atrativos para os mosquitos. Timothy C. Winegard recomendou evitar esses produtos. Por outro lado, segundo Timothy C. Winegard, o cheiro natural do corpo pode ajudar na proteção. “É melhor ser fedorento! Ter cheiro ruim é uma coisa boa, pois aumenta os níveis de bactérias na pele, o que te torna menos atraente para os mosquitos.”
No entanto, Timothy C. Winegard fez uma ressalva: “Lave seus pés”. As bactérias nos pés, semelhantes às que fermentam certos queijos, são especialmente atrativas. Isso explica a preferência dos mosquitos por tornozelos e regiões próximas aos pés.
O tipo sanguíneo também interfere na atração do mosquito. “O tipo sanguíneo O parece ser a safra de escolha em relação aos tipos A e B ou sua mistura”, afirmou Timothy C. Winegard. Pessoas com tipo O são picadas com o dobro de frequência das pessoas com tipo A. O tipo B aparece em frequência intermediária.
Com tantas evidências, Timothy C. Winegard conclui que o mosquito continua influenciando a vida humana com força. “Talvez seja o mundo dos mosquitos, e as pessoas estão apenas vivendo nele.”
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