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Preços do gasolina e gás ficam mais altos a partir desta terça-feira

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Preços do gasolina e gás ficam mais altos a partir desta terça-feira

A Petrobras anunciou que a gasolina e o gás de cozinha terão seus preços reajustados a partir desta terça-feira, 9. Esta é a primeira vez que os preços são alterados em 2024 e o primeiro reajuste desde que Magda Chambriard assumiu como CEO da estatal, em 24 de maio.

O preço da gasolina vai aumentar R$ 0,20 por litro, passando de R$ 2,81 para R$ 3,01. A última alteração no preço da gasolina havia sido em outubro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,12 por litro. O GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha, terá um aumento de R$ 3,10. Com isso, o botijão de 13 kg passa a custar R$ 34,70.

Pressão do dólar

A escalada do dólar em 2024 ampliou a defasagem dos preços dos combustíveis da Petrobras em comparação com o mercado internacional, resultando em perdas econômicas para a estatal.

Isso impactou refinarias e importadores privados. Desde maio de 2023, a Petrobras optou por abandonar o preço de paridade de importação (PPI) como política de preços, dando mais peso aos custos internos.

Segundo a Refina Brasil, entidade que representa refinarias privadas, a Petrobras deixou de faturar R$ 10 bilhões desde a mudança na política de preços. O último reajuste da estatal foi em dezembro de 2023, quando o preço do diesel foi reduzido em R$ 0,30 por litro.

Impactos das importações e política de preços da gasolina e gás

Apesar do abandono da PPI, a cotação do petróleo e o câmbio continuam influenciando os preços, já que 25% do diesel e 15% da gasolina consumidos no Brasil são importados. Os preços internos inviabilizam a atuação de importadores privados, forçando a Petrobras a aumentar suas importações para atender à demanda nacional.

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O PPI foi adotado durante a gestão de Michel Temer (MDB) e mantido no governo Jair Bolsonaro (PL), trazendo flutuações constantes aos preços internos. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a política de preços foi “abrasileirada” para reduzir os valores, mas as altas expressivas do barril de petróleo não são repassadas imediatamente, causando defasagens.

Fonte: Oficial