São Paulo — A professora Amanda dos Santos Monteiro, de 39 anos foi agredida pela mãe de uma aluna do 2° ano do Ensino Fundamental, na porta da escola municipal Valéria Cristina Vieira, no bairro Morrinhos, no Guarujá, litoral sul de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como lesão corporal, injúria e ameaça pelo 1° DP da cidade.
Em entrevista ao G1, a vítima afirmou que dá aulas para crianças de 8 anos, do 2° ano do fundamental. Ela contou que já havia terminado seu turno e estava esperando uma carona para ir embora quando foi agredida pela mulher, de 34 anos.
“Ela surgiu por trás sem que eu esperasse. Eu não tive tempo de reação nenhuma. Começou a me desferir vários golpes, puxar o meu cabelo, dar chute, me xingar. Me jogou no chão e começou a me dar muito chute e muito soco. Eu gritei muito por socorro, mas o pessoal ficou olhando”, relatou em entrevista ao portal.
Durante as agressões, Amanda disse que demorou para reconhecer a agressora e que só descobriu quando a mulher começou a gritar dizendo que estava ali por conta da filha.
“[Eu] não me mexia. Eu realmente achei que eu ia ficar ali naquele chão, esticada. Então, depois de um tempo, alguém segurou ela e eu consegui voltar para a escola, entrar e pedir socorro. Eu não sei como eu saí disso, não sei como eu estou viva”, afirmou a educadora.
Ainda de acordo com a vítima, a agressora já tinha ido à escola fazer ameaças e pedir para trocar a filha de classe. Segundo o relato, a mãe da criança dizia que a professora estava perseguindo sua filha, a cobrando demais, algo que nunca existiu ressaltou a professora.
A ira da agressora teria começado depois que Amanda fez um relatório alertando sobre o número de faltas da aluna e que isso estava prejudicando o desempenho escolar dela.
“A mãe, sempre muito hostil, sempre muito agressiva, criou toda essa história de perseguição, ia na escola para me ameaçar. O que a direção da escola fez foi tentar tirar a menina trocando sala para resolver”, explicou.
“Estou destruída”
Amanda contou ao site que, além uma fratura no nariz e diversas lesões no corpo, sofreu um trauma psicológico: “muita dor, muita revolta. Estou destruída, o meu emocional está quebrado”, desabafou a vítima.
Ela ainda contou que, apesar dos dez anos de profissão, não sabe se vai conseguir voltar a entrar em uma sala de aula novamente e que sofre ao pensar no futuro.
A Prefeitura do Guarujá informou, via nota, que a professora foi socorrida e encaminhada pela diretoria da escola ao Hospital da Cidade.
A Secretaria de Educação (Seduc) foi acionada e afirmou que vai fornecer apoio psicológico à vítima e a comunidade escolar. A pasta disse que repudia qualquer tipo de violência.
Fonte: Oficial