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Protesto pró-palestina em frente ao Clube Hebraica gera confusão

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São Paulo — Uma mulher denunciou, pelas redes sociais, que teria sido agredida ao protestar a favor da Palestina em frente ao Clube Hebraica, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, na tarde da última terça-feira (30/7).

Daniela Rodrigues contou que estava com a colega Edva Aguilar quando passou de carro em frente ao local com uma bandeira da Palestina e gritou “Palestina livre”. Segundo o relato da amiga, um homem teria puxado o braço da militante, que estava no banco do carona, e pegado a bandeira.

“Ele não só pegou a bandeira, como torceu o braço da Daniela para trás. Por sorte, o carro estava em baixa velocidade”, disse Edva Aguilar à Folha de S. Paulo. Ela afirmou ao jornal que a colega sofreu uma fratura e luxação no braço direito e precisou passar por uma cirurgia.

Daniela e Edva são militantes do Núcleo Palestina do PT-SP e da Frente de Solidariedade ao Povo Palestino, respectivamente. A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) condenou o episódio e afirmou que as mulheres foram “agredidas no exercício de direito de liberdade de expressão”.

“A ação, que não apresentava qualquer ameaça, culminou em violência desproporcional, resultando na fratura do braço da condutora, que agora está hospitalizada”, disse a nota publicada pela Fepal.

Procurado, o Clube Hebraica afirmou que “não houve nenhum tipo de agressão física contra quem quer que seja, por parte dos seus colaboradores” e que o relato “não corresponde à verdade dos fatos”.

“O que presenciamos foi um carro, trafegando em velocidade reduzida, com seus ocupantes empunhando uma bandeira palestina e gritando palavras de ordem contra o povo judeu, na portaria do clube, em um gesto de evidente provocação” disse.

“Um segurança, sem seguir o protocolo da Hebraica, puxou a bandeira da autodeclarada ativista palestina, por temor de que essa manifestação causasse ainda mais perturbação no local. Nesse momento, o segurança não tocou o braço da pessoa com a bandeira. Não houve qualquer agressão física. O carro seguiu seu rumo, voltando depois à frente do clube com seus ocupantes gritando novas palavras de ordem”, de acordo com o clube.

O Hebraica afirma que “em nenhum momento” as militantes procuraram o clube para relatar o ocorrido e que tomou conhecimento do episódio pelas redes sociais.

“Se assim fosse, agiríamos como sempre de forma absolutamente solidária, colocando a estrutura da Hebraica à inteira disposição dessas pessoas”, afirmou. Estamos, da mesma forma, à disposição das autoridades públicas para quaisquer esclarecimentos. Entretanto, até o presente, não recebemos nenhuma notificação oficial sobre o ocorrido.”

Fonte: Oficial