A primeira operação de reflorestamento com recursos do Novo Fundo Clima foi aprovada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta terça-feira (8). No valor total de R$100 milhões, o financiamento é destinado a uma startup de remoção de carbono, a Mombak, que vai investir no reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, com foco na recuperação de biodiversidade e na remoção de carbono em larga escala.
Dos R$100 milhões totais, 80 milhões são do Novo Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, e os 20 milhões restantes vêm da linha BNDES Finem. A Mombak prevê a expansão de suas iniciativas no Pará ao fortalecer o modelo de parcerias com proprietários locais.
O projeto busca permitir a captura de carbono de alta integridade e incentivar a economia local ao gerar empregos e impulsionar a cadeia produtiva do reflorestamento. A área beneficiada compreende parte do “Arco da Restauração” – mais conhecido como “Arco do Desmatamento” – que vai do leste do Maranhão ao Acre, passando pelo sul do Pará, Mato Grosso e Rondônia.
Criado em 2009 e reformulado pelo governo do presidente Lula, o Fundo Clima é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e tem como objetivo a garantia de recursos para projetos voltados ao enfrentamento às mudanças climáticas. Os aportes são divididos em reembolsáveis e não reembolsáveis. Os recursos reembolsáveis são administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos não-reembolsáveis são operados pelo MMA.
O BNDES tem como uma de suas prioridades o Arco da Restauração, projeto de reconstrução das florestas, coordenado pelo MMA. A iniciativa envolve um conjunto de atores – setor público federal, estados, municípios, iniciativa privada e agricultura familiar camponesa –, para restaurar as áreas mais desmatadas da Amazônia. O Arco da Restauração visa a recuperação de 6 milhões de hectares de florestas até 2030.