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RH e licença médica: auditores do PCC mantinham estrutura de empresa

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Metrópoles

Auditores do Primeiro Comando da Capital (PCC) que fiscalizavam pontos de vendas de drogas, as chamadas biqueiras da facção, tinham até departamento de Recursos Humanos (RH), com rotinas que incluíam concessão de licença médica para que funcionários pudessem se afastar temporariamente do trabalho por questões de saúde. A informação foi divulgada pela Polícia Civil em coletiva de imprensa nesta terça-feira (21/10).

A Operação Auditoria, deflagrada na manhã desta terça, cumpriu 17 mandados de prisão preventiva e 110 mandados de busca e apreensão no extremo leste de São Paulo e em cidades da região metropolitana, como Guarulhos, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes.

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Conversas de auditores do PCC interceptadas pela polícia de SP

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Coletiva sobre auditores do PCC no DHPP

Milena Vogado/Metrópoles

Dos 17 presos, pelo menos 10 são os chamados “auditores”. Os demais são funcionários da estrutura criminosa, como pessoas que trabalham no RH da facção criminosa. Um disciplina também está entre os presos. As identidades não foram divulgadas.

A ação identificou 84 pontos de vendas de drogas — todos pertencentes ao PCC, alguns ainda em fase de testes. Os auditores assumiam posição operacional no esquema, e controlavam o abastecimento e a comercialização dos entorpecentes, inclusive com intercâmbio de substâncias entre as “lojas”.

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O delegado Guilherme Leonel, do 8° Cerco, chamou a estrutura de “empresa”. Para a Polícia Civil, trata-se de uma “verdadeira estrutura criminosa”, disse o delegado-geral Artur Dian.

Tarcísio capitaliza nas redes

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) usou seu perfil nas redes sociais nesta terça para capitalizar sobre a Operação Auditoria. Ele expôs as conversas entre traficantes interceptadas pela polícia e classificou o material como “diálogos cabulosos” do crime.

As imagens mostram a movimentação financeira das bocas de fumo, chamadas de “lojas” pelos traficantes. Uma delas, no extremo leste de São Paulo, teria vendido mais de R$ 188 mil em drogas em uma semana. A maior parte da publicação, contudo, indica transações de menor valor – com vendas semanais entre R$ 500 e R$ 20 mil.

Na postagem, Tarcísio reforça a importância dos alvos da operação, que seriam responsáveis por “controlar cargos administrativos dentro da facção”. Um dos diálogos também foi publicado pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).

Fonte: www.metropoles.com