O policial militar (PM) baleado no pescoço durante uma abordagem na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, está estável. A corporação apura se o agente foi atingido de raspão ou por estilhaços de um disparo de arma de fogo, nesta quinta-feira (7/8).
O Metrópoles apurou que o PM está consciente, não corre risco de morte e já entrou em contato com familiares para tranquilizá-los da situação. Apesar disso, o agente teve uma vértebra pequena da coluna quebrada na ação e vai passar por exames para avaliar possíveis danos.
Inicialmente, o policial não deve ter os movimentos afetados, mas resultados de novos exames são esperados.
Tiro no pescoço
Uma moradora da comunidade registrou o momento em que um criminoso saca um revólver, enquanto é abordado pelo policial, e atira.
Veja vídeo:
Após o disparo, o agente fica caído no chão por um tempo, na Rua Itajubaquara, Vila Andrade. Momentos depois, ele se levanta e aciona o socorro.
O Metrópoles apurou que a Polícia Militar foi atender a uma ocorrência de arrastão nas imediações, quando se deparou com criminosos.
Houve uma perseguição, que seguiu até a favela, onde o policial da Rocam conseguiu abordar um dos suspeitos. Nesse momento, segundo moradores, pedras foram jogadas nele.
Um homem tenta desvencilhar o suspeito do PM, momento no qual o policial saca uma arma de choque. Nesse instante, o criminoso retira um revólver da cintura.
Outro homem, que está próximo ao celular que registra a situação, afirma “abaixa [a arma] aí senhor”, momento no qual o bandido atira uma vez, na região do pescoço da vítima, que cai.
Enquanto o ladrão corre, envolto a gritos de moradores que presenciaram a violência, o PM consegue se levantar, pega um celular em sua motocicleta e, além disso, fala no rádio comunicador. O registro é interrompido neste momento.
Capital com o metade dos PMs feridos
- Dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) mostram que a capital paulista concentrou, no primeiro semestre deste ano, 52,3% do total de policiais militares feridos em todo o estado. Foram, respectivamente, 11 e 21 casos.
- A cidade também registrou aumento no número de PMs feridos enquanto trabalhavam. Foram 6, entre janeiro e junho do ano passado, ante 11 no mesmo período, representando alta de 83%.
Fonte: www.metropoles.com