De acordo com o clube, jogador atingiu todos os marcos estabelecidos no protocolo de reabilitação, mas ainda sente incômodo na região posterior do joelho
O pressionado e cobrado departamento médico do São Paulo, através do coordenador do setor, o doutor Moisés Cohen, precisou se explicar sobre a longa recuperação do meia-atacante Lucas Moura. Depois de voltar a sentir problema no joelho direito, o atleta novamente virou baixa e precisou passar por novo procedimento nesta sexta-feira (18). O clube explicou que o jogador precisa de “tempo para um retorno seguro.” O São Paulo trata o problema como algo raro no futebol e reforçou que requer atenção e cuidados. O torcedor que tanto clama por ver seu camisa 7 em campo vai ter de esperar um pouco mais. Apenas quanto estiver totalmente livre das dores que o jogador estará liberado aos jogos de Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.
Os médicos são-paulinos fizeram um cronograma do problema para explicar que foram os dois problemas seguidos. “O atleta Lucas Moura sofreu, há aproximadamente quatro meses, uma lesão ligamentar parcial e estiramento da cápsula na região posterior do joelho direito. Após o primeiro evento traumático, foi estabelecido um protocolo de reabilitação baseado em diretrizes funcionais progressivas, com evolução satisfatória nos dois primeiros meses”, explicou o clube, para justificar a volta antes do Mundial de Clubes.
“Após o atleta cumprir todos os critérios clínicos e funcionais, ele foi liberado para o retorno gradual às atividades com bola. No entanto, no dia 06/05/25, durante a partida contra o Alianza Lima, o atleta sofreu um novo trauma que provocou recidiva do quadro inflamatório local e novo episódio de edema intra-articular, caracterizando uma reinjúria parcial. Seguiu-se o protocolo para a reabilitação inclusive com imobilizador temporário para tal tipo de lesão, sempre com boa evolução”, continuou suas explicações o São Paulo.
Lucas Moura vem treinando no campo, em fase final de cicatrização. De acordo com o São Paulo, o jogador atingiu todos os marcos estabelecidos no protocolo de reabilitação (força muscular restaurada, mobilidade preservada, controle neuromuscular adequado e tolerância a cargas específicas de treino funcional e técnico). Mesmo assim, Lucas ainda sente incômodo na região posterior do joelho, principalmente durante gestos esportivos de alta exigência, em movimentos de aceleração do arranque, uma de suas características.
“Apesar da boa evolução cicatricial e funcional, a persistência da dor motivou a indicação de um procedimento médico intervencionista, com o objetivo de alívio sintomático e otimização do retorno esportivo. A técnica é de injeção retrocapsular analgésica e anti-inflamatória na área dolorosa, guiada por ultra-som”, divulgou o clube, sobre o procedimento feito nesta sexta.
“Ressaltamos que a evolução do quadro clínico do atleta está dentro dos parâmetros esperados para uma lesão ligamentar com recidiva parcial. A biologia do processo cicatricial varia individualmente e não pode ser rigidamente interpretada de forma matemática”, seguiu. “O respeito ao tempo biológico é fundamental para garantir um retorno seguro e sustentável ao esporte de alto rendimento, o que só ocorrerá com a melhora dos sintomas referidos pelo atleta”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Dantas
Fonte: jovempan.com.br