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Sob escolta, filho que matou ex-deputado do PT permanece internado

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Metrópoles

Francisco Frateschi, de 34 anos, detido por matar o próprio pai a facadas nessa quinta-feira (6/11), na zona oeste de São Paulo, segue internado e sob escolta policial na UPA da Lapa, segundo a Polícia Civil. Assim que receber alta médica, o homem será conduzido à delegacia e passará por um interrogatório.

A Polícia Militar (PM) afirma que o homem estava em surto psiquiátrico quando esfaqueou e matou o próprio pai, Paulo Frateschi, ex-deputado estadual. Ele precisou ser contido e sedado em uma UPA.

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Francisco Frateschi com o pai, o ex-deputado Paulo Frateschi

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Francisco Frateschi e a mãe, Yolanda Vianna

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Paulo Frateschi foi presidente do PT estadual de SP

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Frateschi (no meio) com o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica (esquerda) e o presidente brasileiro Lula (PT)

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O ex-deputado estadual e ex-presidente estadual do PT em SP Paulo Frateschi

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Francisco Frateschi, filho do ex-deputado Paulo Frateschi

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Francisco Frateschi, filho do ex-deputado Paulo Frateschi

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Francisco Frateschi com o pai, o ex-deputado Paulo Frateschi

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Francisco Frateschi e a mãe, Yolanda Vianna

Reprodução

Francisco mora em Paraty (RJ) e estava em São Paulo desde o fim de outubro para um tratamento psiquiátrico. De acordo com a irmã dele, Yara Frateschi, Francisco está com uma doença psíquica e nem sabe o que fez.

“O Francisco não está ciente de nada. Ele não voltou, ele está internado. Eu só posso dizer o seguinte, ele não sabe o que ele fez”, afirmou Yara durante o velório do pai, realizado nesta sexta-feira (7/11).

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do filho do ex-deputado, mas aguarda decisão judicial. Até o momento desta publicação, nem Francisco nem a mãe dele – esposa da vítima – prestaram depoimento à polícia. A matriarca da família também foi atacada pelo filho e quebrou o braço. Ela foi encaminhada para a mesma UPA que Francisco.

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Além do pedido de prisão preventiva, o delegado do caso também solicitou à justiça a realização de um exame para atestar as condições mentais de Francisco. O judiciário deverá escolher um profissional nos próximos dias.

O Metrópoles procurou o advogado que representa a família Frateschi, mas ainda não obteve retorno.

Como foi o crime

Segundo a Polícia Militar, agentes foram acionados para atender uma ocorrência em que um homem em surto atacara o próprio pai com golpes de arma branca na Vila Ipojuca, zona oeste da capital. De acordo com o boletim de ocorrência, ele foi atingido no abdômen.

A mãe do rapaz tentou intervir e sofreu ferimentos. A irmã de Francisco também foi ferida. O ex-deputado entrou em parada cardiorrespiratória, foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

Paulo Frateschi, que foi deputado estadual entre 1983 e 1987, também foi presidente estadual do PT em São Paulo. O partido lamentou a morte

Quem foi Paulo Frateschi

  • O ex-deputado estadual e ex-presidente do PT em São Paulo, Paulo Frateschi fez parte da fundação do partido e concorreu a cargos eletivos desde o fim da ditadura militar.
  • Nos últimos anos, segundo petistas, Frateschi estava um pouco afastado da política partidária.
  • Na virada do século, Frateschi era presidente do PT paulista.
  • Entre 1983 e 1987, foi deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
  • No ano seguinte, em 1988, ele foi candidato a vereador na capital paulista.
  • Durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2005), na prefeitura de São Paulo, Frateschi foi secretário de Relações Governamentais, mesma pasta em que também foi titular na gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2014.
  • Paulo Frateschi foi preso e torturado durante a Ditadura Militar em 1969, aos 19 anos, quando era militante da Ação Libertadora Nacional (ALN).
  • Em um relato feito à Agência Pública, ele contou sobre quando foi levado à sala do delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos símbolos da tortura no país. “Fleury xingava, falava palavrões. Repetia ‘Porra! Bosta! e cuspia’. Logo pensei: Putz, vai começar tudo de novo [tortura]. De repente, ele olhou fixo pra mim e falou: ‘O merda do juiz mandou te soltar. Se alguém te procurar, você vai voltar aqui e me contar!’”.

Fonte: www.metropoles.com