A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do governo de São Paulo, Natalia Resende (na foto em destaque, à esquerda), defendeu, nesta quarta-feira (23/7), que Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja candidato à reeleição em 2026. Embora afirme que quer disputar um novo mandato no Palácio dos Bandeirantes, o governador tem constantemente seu nome defendido por aliados para concorrer à Presidência da República no próximo ano.
Chamada por Tarcísio de “supersecretária” e de perfil técnico, Natália é tida internamente como um dos nomes de mais confiança do governador e seu nome é especulado nos bastidores para uma possível candidatura no próximo ano. Ela, no entanto, desconversa e afirma que consegue “ajudar mais” na secretaria.
“Acho que na secretaria eu consigo ajudar mais o governador. É uma pessoa que eu gosto demais de trabalhar, muito técnico e coerente. Quando você leva os argumentos, ele sempre ouve. Por isso que a gente está conseguido fazer tanta coisa. A gente trabalha pela reeleição”, afirmou após evento que marcou um ano da privatização da Sabesp, realizado no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital.
A secretária foi a responsável por coordenar o processo, considerado uma das principais bandeiras do mandato de Tarcísio.
A auxiliar é constantemente elogiada em público pelo governador, o que alimenta nos bastidores as especulações de que ela poderia ter planos eleitorais. O nome de Natália já foi aventado por aliados como possível vice na chapa de Tarcísio na disputa à reeleição e até mesmo como candidata ao governo paulista, caso Tarcísio saia para a disputa à Presidência da República.
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“Não teve nenhum convite. Eu sempre tento ajudar. Porque a gente acaba conversando muito com os prefeitos, com os deputados. Normalmente, vereadores também. É um trabalho que eu gosto para caramba”, disse a secretária.
Natália já trabalhava com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No evento desta quarta-feira (23/7), o governador enalteceu o trabalho da secretária à frente da Semil, chamada de “supersecretaria” após Tarcísio juntar na mesma pasta as áreas de Meio Ambiente e Infraestrutura.
“Ela era consultora jurídica do Ministério da Infraestrutura Mas tem muitos predicados. Além de jurista, ela é engenheira, contadora, doutora em engenharia, em regulação. (…) Você quer que as coisas funcionem bem? Coloca uma mulher numa posição de gestão. Quem concorda comigo? Elas são muito mais caprichosas, muito mais detalhistas”, afirmou Tarcísio.
O governador saiu do evento sem falar com a imprensa. Nos próximos dois dias, Tarcísio deve cumprir agendas na região de Sorocaba, no interior paulista. No sábado, está prevista a participação dele em um evento da XP Investimentos.
1 ano de privatização da Sabesp
- No evento desta quarta, foi realizada uma exposição dos números da companhia no auditório do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.
- De acordo com os dados apresentados, foram investidos em 2024 R$ 6,9 bilhões. A diretoria da Sabesp promete investir um total de R$ 70 bilhões até 2029. Segundo a empresa, 60% desse total está contratado.
- O processo de privatização foi concluído pelo Governo de São Paulo no dia 23 de julho de 2025. A gestão Tarcísio vendeu 32% das ações da empresa por R$ 14,7 bilhões. Com a venda, a fatia do governo na Sabesp passou de 50,3% para 18,3%.
- A empresa investidora de referência é a Equatorial, que adquiriu 15% dos 32% que eram do governo. Os outros 17% dos papéis foram vendidos a pessoas físicas , jurídicas e funcionários da empresa. O valor da ação foi de R$ 67, número abaixo do valor de mercado à época, que era de R$ 87.
Tarifa Social
Também nesta quarta-feira (23/7), o governo de São Paulo lançou programa Tarifa Social Paulista, que promete ampliar o desconto na conta de água e esgoto para famílias de baixa renda atendidas pela Sabesp.
O programa terá aplicação retroativa para as contas do mês de junho. Os descontos serão distribuídos de acordo com a faixa de renda dos beneficiados, sendo o mais alto de 78% para as famílias com renda per capita de um quarto de salário mínimo cadastradas no CadÚnico.
O Tarifa Social Paulista foi lançado após a realização de consultas públicas públicas.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de SP (Semil) estabeleceu um prazo para adaptação gradual dos usuários que perderem a elegibilidade para o desconto. Para isso, durante os três primeiros meses após ser constatada a perda de elegibilidade, o usuário receberá uma notificação, mas nenhuma alteração nos descontos será feita.
Depois, serão aplicados descontos progressivos de 50%, por três meses, e 25%, por mais três meses, totalizando 9 meses de transição para as tarifas Vulnerável e Social I. Para a Social II, serão três meses de notificação e três meses com desconto de 25%, totalizando seis meses de transição.
Fonte: www.metropoles.com
