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Tabata promete paridade, mas PSB lança chapa com 80% mais homens em SP

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Imagem colorida mostra Tabata Amaral, pré-candidata pelo PSB à Prefeitura de São Paulo - Metrópoles

São Paulo – Anunciada por Tabata Amaral (PSB) no ano passado, a resolução do PSB para que as mulheres correspondessem a metade das candidaturas a vereador na capital paulista foi descumprida pelo partido, que lançou mais homens na chapa à Câmara Municipal.

De acordo com a ata da convenção do PSB que lançou a candidatura de Tabata à Prefeitura da capital, no sábado (27/7), das candidaturas a vereador na cidade, 36 são masculinas – número 80% superior às 20 candidaturas femininas.

“A gente vai liderar pelo exemplo aqui em São Paulo. Vocês não têm ideia da chapa que a gente está construindo. Tenho um compromisso com a diversidade”, disse Tabata ao lançar a resolução, em setembro do ano passado.

No entanto, a quantidade de candidatas mulheres do PSB em São Paulo representa 35% do total da chapa, sendo pouco superior ao percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas determinado pela lei eleitoral.

A resolução lançada pelo PSB não prevê nenhuma punição por descumprimento e diz que exceções podem ocorrer de acordo com a “realidade local”. Foi esse o argumento utilizado por Tabata, que é presidente municipal da sigla, quando questionada pelo Metrópoles sobre a quantidade de mulheres na chapa – ela havia reafirmado no 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que seguiria a resolução.

“As principais candidatas da minha chapa são mulheres, que terão recursos prioritários. Batalhamos para chegar a 50%, mas na vida real, os desafios e dificuldades enfrentados pelas mulheres que querem ser candidatas são gargalos maiores do que os que os homens enfrentam para assumir uma campanha”, disse a deputada em nota enviada à reportagem.

A chapa do PSB à Câmara Municipal inclui nomes como a vereadora Jussara Basso, que busca a reeleição, as ex-vereadoras Renata Falzoni e Patrícia Bezerra, além da professora Carmen Silva, ativista de movimentos ligados à moradia popular.

Idealizadora da resolução, a professora Lúcia França (PSB), que foi vice de Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2022 ao governo paulista, disse que na política é costume mirar “no ideal para conseguir avançar alguns passos” e que, apesar de não cumprir a resolução, isso não significa dar um passo atrás no objetivo de lançar mais candidatas mulheres.

“A gente sabia da dificuldade quando lançou a resolução do 50/50, mas, mesmo assim, estou animada com o tanto de mulheres que tenho visto que serão candidatas de verdade, pelo PSB, e não de fachada, nesta eleição”, disse Lúcia.

Fonte: Oficial