São Paulo — A Secretaria de Educação do (Seduc) do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) reduziu para menos da metade o valor total pago em bônus aos professores da rede estadual de São Paulo após mudar seu critério para as bonificações.
Em julho de 2024, a Seduc pagou R$ 208 milhões aos servidores pelos bônus do ano passado. O valor corresponde a 46% do montante pago em 2023 pelos bônus relativos a 2022, quando a pasta destinou R$ 450 milhões.
A mudança nos critérios de bonificação afetou a quantidade de professores beneficiados, que caiu de 181,7 mil profissionais em 2023 para 39,2 mil neste ano, uma queda de cerca de 80% no número de contemplados.
Apesar do número menor de beneficiados, a Seduc argumenta que a média do valor do bônus pago a cada professor dobrou. Enquanto em 2023 os servidores receberam, em média, R$ 2.425 em bônus, neste ano, o valor foi de R$ 5.328.
Mudança na bonificação
A partir deste ano, os professores da rede estadual passaram a ser bonificados com base nos resultados do Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um índice nacional, em vez do Idesp, um indicador estadual.
De acordo com a Secretaria de Educação, cada escola recebeu uma meta considerando o Ideb atual da unidade, as condições estruturais e o perfil dos alunos. As que atingiram 100% da meta foram classificadas como “diamante”, enquanto as que atingiram 50% receberam a categoria “ouro”. Esses critérios foram utilizados no pagamento do benefício.
Além da evolução no índice, as escolas também precisavam cumprir o critério de frequência (80% para os alunos do diurno e 75% do noturno) e de 80% de participação dos estudantes no Saresp, o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo.
Com as mudanças, apenas 767 das 5 mil escolas da rede estadual foram contempladas, sendo 537 classificadas como “diamante” e 230 como “ouro”.
Fonte: Oficial