O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), irá representar Tarcísio de Freitas (Republicanos) na reunião extraordinária do Fórum dos Governadores que ocorrerá na manhã desta quarta-feira (30/7) em Brasília. O encontro terá a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e irá tratar sobre o tarifaço anunciado pelo governo dos EUA sobre produtos brasileiros.
Ramuth deve embarcar para a capital federal na noite desta terça-feira (29/7). A reunião com Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi marcada para a manhã desta quarta, após apelo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para tratar sobre as estratégias para lidar com a iminência do início da cobrança das tarifas 50% imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump, previsto para entrar em vigor na sexta-feira (1º/8).
Nos bastidores, aliados de Tarcísio defendem que o governador não vá à reunião. Segundo fontes do Palácio dos Bandeirantes, o encontro com o governo federal não teria efeitos práticos antes de saber o que realmente será aplicado pelos Estados Unidos.
De acordo auxiliares do governador, tudo o que se sabe sobre a negociação é o que está na carta enviada ao governo brasileiro pelo presidente americano, Donald Trump, no último dia 9/7.
Os auxiliares de Tarcísio também acreditam que os americanos devem ter mais a negociar do que as motivações políticas e a menção a uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro (PL), que consta do anúncio das tarifas sobre as exportações do Brasil. No entanto, essas motivações adicionais só serão conhecidas a partir da próxima semana, quando as novas taxas começarão a valer.
União federativa
No encontro, os governadores devem propor que seja formada uma comitiva de governadores para acompanhar Alckmin nas tratativas diplomáticas com os Estados Unidos. O vice-presidente foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para liderar essa negociação, que tem se mostrado difícil.
Apesar de Trump ter justificado o tarifaço imposto ao Brasil com críticas ao cerco judicial contra Bolsonaro (PL), a classe política tem buscado resolver os impasses com argumentos econômicos.
O Brasil argumenta que tem déficit no comércio bilateral com os EUA, ao contrário de outros países alvos de tarifaços, e que as medidas encarecem produtos como suco de laranja, café e carnes no mercado norte-americano.
Fonte: www.metropoles.com