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Vídeo: baloeiros oram antes de soltar balão que caiu e içou moto em SP

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São Paulo — O balão que caiu sobre a fiação elétrica nas ruas Petrobras e Alto Belo, em Aricanduva, zona leste de São Paulo, na madrugada da última segunda-feira (22/7), foi solto por aproximadamente 500 baloeiros e entusiastas que rezaram um “Pai Nosso” (veja abaixo) antes da soltura em um sítio em Bom Jesus dos Perdões, no interior do estado. 

O objeto percorreu pouco mais de 50 quilômetros em linha reta até a zona leste da capital. As informações são da TV Globo.

A Divisão de Investigação sobre Infrações contra o Meio Ambiente da Polícia Civil analisa vídeos que circulam nas redes sociais e mostram os baloeiros para tentar identificá-los e responsabilizá-los.

Na ocasião, uma moto foi içada para o alto e ficou presa na fiação de um poste ao ser atingida pelo balão. Além disso, as residências dos quarteirões no entorno ficaram sem energia elétrica. Cerca de 20 mil clientes foram afetados, segundo a Enel.

Parte da estrutura do balão caiu dentro do pátio da creche Ingrid Vitória. Outra parte ficou presa na fiação elétrica da rua.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as investigações do caso prosseguem sob sigilo.

Baloeiros comemoraram

Em outras filmagens (assista abaixo), é possível ver dezenas de baloeiros reunidos comemorando. Após o objeto começar a flutuar, fogos de artifício são disparados.

Explosivos e mensalidade

Pessoas ligadas aos baloeiros relataram à TV Globo que os grupos gastaram entre R$ 270 mil a R$ 300 mil para produzir o balão com os explosivos. Foram usados mais de 300 kg de papel e dez gaiolas com fogos de artifício. 

O dinheiro gasto para construir balões gigantes vem de mensalidades, que podem variar entre R$ 50 a R$ 100. Na ocasião em que soltaram o balão de 75 metros de altura que caiu em São Paulo, os grupos envolvidos alugaram um sítio quatro dias antes da soltura.

Os baloeiros achavam que o vento o levaria em direção ao litoral, onde poderia cair no mar.

Crime ambiental 

Fabricar, vender, transportar e soltar balões é crime ambiental, com penas que vão de 1 ano a 3 anos de prisão, ou pagamento de multa de, no mínimo, R$ 10 mil. 

O 64º Distrito Policial (DP), AE Carvalho, na zona leste da capital, investiga ao menos três grupos de baloeiros por suspeita de envolvimento com a soltura.

Os representantes dos grupos de baloeiros poderão responder criminalmente também pelos danos que o balão causou quando passou por Itaquera e Aricanduva. 

Fonte: Oficial