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Fernando Haddad atende a pedido de Lula e cancela viagem à Europa

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Fernando Haddad atende a pedido de Lula e cancela viagem à Europa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atendeu a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cancelou a viagem que faria à Europa nesta segunda-feira, 4. Alega-se que o chefe da pasta ficará em Brasília nesta semana para resolver assuntos internos.

Inicialmente prevista para ocorrer entre 4 e 9 de novembro, a viagem não teve sua nova agenda anunciada. “A agenda em questão será retomada oportunamente”, informou o ministério.

O cancelamento da viagem ocorre em meio à crise fiscal do governo, que passou a ser cobrado para apresentar um pacote de medidas de revisão de gastos. Essas medidas foram prometidas depois das eleições municipais e geram expectativa no mercado. Na última semana, por exemplo, o dólar fechou a R$ 5,86. É a segunda maior cotação nominal da história, o que reflete a crise financeira.

As mensagens contraditórias que o governo Lula manda sobre sua disposição de cortar despesas se refletem na alta dos juros e do dólar | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Equipe de Fernando Haddad admite tensão financeira

Integrantes da equipe econômica admitem o momento delicado, mas seguem a orientação de Fernando Haddad de evitar vazamentos sobre medidas fiscais. O governo acredita que a apreensão do mercado persiste independentemente dos anúncios do Ministério da Fazenda.

O pacote de revisão de gastos ainda está em estudo, sem plano final nem decisão de Lula sobre cortes no Orçamento. As propostas em vigor sofrem críticas e enfrentam resistência no PT, que gostaria de manter altas cifras em programas sociais. Nesse cenário, o governo Lula deseja liberdade para ajustar despesas no Orçamento sem autorização do Congresso.

O Planalto considera limitar o aumento real das principais despesas a 2,5% ao ano, alinhado ao teto do arcabouço fiscal. Essa proposta foi incluída em projetos de lei no Congresso e pode afetar gastos obrigatórios em saúde e educação.

Para a Previdência, um limite de 2,5% no crescimento das despesas seria pressionado pelo vínculo com o salário mínimo e pelo aumento de aposentadorias. O governo ainda busca uma solução para esse impasse.

Fonte: Oficial