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Inteligência artificial e realidade aumentada já estão na cirurgia plástica, explica Dr. Josué Montedonio

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Dr. Josué Montedonio (Foto: Reprodução)

O uso de artifícios como inteligência artificial e realidade aumentada estão transformando a medicina e aprimorando a experiência do paciente ao elevar a precisão, segurança e personalização dos procedimentos. Para o cirurgião plástico, Dr. Josué Montedonio, essas tecnologias estão revolucionando a medicina. “Para mim, toda inovação traz algo positivo. A IA está redefinindo o conceito de personalização na medicina, especialmente na cirurgia plástica, ao possibilitar um planejamento cirúrgico mais preciso e orientado ao paciente”, explica o médico.

Com modelos tridimensionais, seja de maneira virtual ou impressos em 3D, ele destaca que a IA facilita simulações detalhadas que ajudam no planejamento da cirurgia e na tomada de decisões. Essas simulações permitem visualizar e ajustar os procedimentos antes mesmo da operação, oferecendo uma maior segurança ao paciente e melhorando os resultados.

Além do planejamento, a IA também tem revolucionado o monitoramento pós-operatório, através de uma análise avançada de dados clínicos, que facilita a identificação de possíveis complicações antes mesmo que se manifestem. Essa análise personalizada, com base nas características e histórico de cada paciente, torna o acompanhamento pós-cirúrgico mais preciso e eficaz.

Outra aplicação de grande potencial é a simulação de procedimentos com IA. “Com os simuladores, podemos experimentar técnicas cirúrgicas, minimizar riscos e aperfeiçoar o tratamento sem a necessidade de testar diretamente em pacientes”, ressalta Dr. Josué Montedonio. Essa tecnologia beneficia tanto cirurgiões experientes, que podem praticar novas técnicas, quanto médicos em treinamento, que podem se familiarizar com procedimentos complexos em um ambiente controlado.

A combinação entre IA e robótica também é um grande passo para o futuro, permitindo procedimentos minimamente invasivos e, em alguns casos, até mesmo cirurgias à distância. Embora essa tecnologia ainda não esteja amplamente disponível, ela possibilita que cirurgiões operem remotamente com alta precisão, desde que exista uma equipe local preparada para dar suporte, se necessário.

A realidade aumentada, por sua vez, auxilia na visualização de resultados simulados, o que ajuda a alinhar expectativas e reduzir ansiedades. Com essa tecnologia, o paciente tem uma noção realista do que esperar do procedimento, o que colabora para uma experiência mais transparente e confortável.

Apesar de todo esse avanço, Dr. Josué acredita que o fator humano é insubstituível. “No final do dia, estamos lidando com pessoas. Empatia e a capacidade de compreender as expectativas, medos e ansiedades dos pacientes são essenciais. A tecnologia nos auxilia, mas jamais substituirá a sensibilidade humana do cirurgião ao ver o paciente como um todo, e não apenas um conjunto de órgãos.”

O sucesso de uma cirurgia, segundo o médico, também depende da parceria com o paciente. “Não adianta termos o melhor aparato tecnológico se o paciente não se compromete com uma boa dieta, hábitos saudáveis e cuidados no pós-operatório. No final das contas, o resultado depende 50% do cirurgião e 50% do paciente”, completa.

Para Dr. Josué Montedonio, o futuro da cirurgia plástica será marcado pelo equilíbrio entre tecnologia avançada, empatia humana e colaboração paciente-cirurgião. Essa combinação permitirá que a cirurgia plástica continue evoluindo para oferecer uma experiência mais segura, personalizada e humanizada para cada paciente.