São Paulo — A Prefeitura de São Paulo foi condenada a indenizar a mãe de uma auxiliar de enfermagem que morreu em razão da Covid adquirida no ambiente de trabalho.
De acordo com o relato da mãe, mesmo sabendo que a filha integrava o grupo de risco da doença por ter diabetes, o empregador não tomou providências como adoção de teletrabalho ou suspensão do contrato.
Foi determinado pagamento de R$ 341,4 mil por danos materiais e de R$ 100 mil por danos morais.
A sentença foi proferida pela 9ª Vara do Trabalho da zona sul da capital, que também condenou o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde, que faz a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pedreira, onde a auxiliar trabalhava.
A vítima esteve na UPA de janeiro a abril de 2021, onde atuava na linha de frente no combate à Covid e, segundo sua representante legal no processo, mantinha contato direto com pacientes infectados. A relação de emprego foi encerrada em 14 de abril de 2021, depois do falecimento da profissional de 43 anos, após sete dias de internação.
O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde alegou ter cumprido todas as medidas para impedir o contágio do coronavírus, como treinamento, orientação e fornecimento de equipamentos de proteção individual.
O Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo, que não se pronunciou até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para atualizações.
O processo está pendente de análise de recurso.
Fonte: Oficial